Moradores de Belo Horizonte (MG) e de cidades vizinhas relataram ter sentido um tremor de terra na noite de terça-feira (16) e na madrugada desta quarta-feira (17), segundo o G1. O abalo veio acompanhado de um forte barulho e foi percebido em diferentes bairros da capital e da região metropolitana.
Segundo o Centro de Sismologia da USP e o Observatório Sismológico da UnB, o tremor teve magnitude 2,9 na escala Richter e ocorreu às 22h12 de terça, com epicentro próximo ao município de Contagem. Apesar do susto, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil informaram que não houve registros de danos ou ocorrências relacionadas.
O que se sabe sobre o tremor sentido na Grande BH
Entre os pontos em que o abalo foi sentido estão bairros de Belo Horizonte, como o Alípio de Melo, na Região da Pampulha. Em Betim, moradores do Icaivera relataram o tremor, enquanto em Contagem houve registros nos bairros Alvorada, Estâncias Imperiais e Nova Contagem. Em Esmeraldas e em Ribeirão das Neves, moradores também notaram a movimentação do solo.

O fenômeno foi registrado por estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), coordenada pelo Observatório Nacional com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). A análise foi feita pelo Centro de Sismologia da USP, que confirmou a intensidade e a localização do tremor.
Apesar do susto e da ampla percepção do evento, a Defesa Civil de Belo Horizonte informou que não recebeu chamados e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais não foi acionado para ocorrências relacionadas.
Até a publicação desta matéria, não havia registro de danos estruturais ou feridos. E a Defesa Civil dos outros municípios citados não tinham respondido os pedidos do G1 por posicionamento.
Leia mais:
- O que são falhas geológicas e como elas se relacionam com terremotos?
- Big One: conheça o futuro terremoto que deve assolar o estado da Califórnia nos EUA
- 10 melhores filmes de tornado e furacão
Como a Escala de Richter funciona
A magnitude do terremoto foi medida na Escala Richter, criada em 1935 por Chales Richter.
Essa escala é logarítmica – isto é, de um grau para o grau seguinte a diferença na amplitude das vibrações é de dez vezes. E a diferença da quantidade de energia liberada é de 30 vezes, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
De acordo com a universidade Michigan Tech, dos EUA, o potencial de danos entre cada intervalo da escala é o seguinte:
- Até 2,5: sismógrafos registram, mas pessoas não sentem;
- Entre 2,5 e 5,4: pessoas sentem e causa pequenos danos;
- Entre 5,5 e 6: danifica edifícios e outras estruturas;
- Entre 6,1 e 6,9: causa muitos danos em áreas muito povoadas;
- Entre 7 e 7,9: causa danos sérios (por exemplo: destruição de prédios);
- De 8 para mais: comunidades perto do epicentro podem ser completamente destruídas.