Julgamento de policial penal acusado de matar jovem na ExpoAcre começa no TJ-AC

O processo está ligado ao crime ocorrido na madrugada de 7 de agosto de 2023, durante a última noite da ExpoAcre

O julgamento do policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, acusado de assassinar o jovem Wesley Santos da Silva, começou nesta quarta-feira (17) no Tribunal de Justiça do Acre e terá continuidade até quinta-feira (18). O processo está ligado ao crime ocorrido na madrugada de 7 de agosto de 2023, durante a última noite da ExpoAcre.

Durante os dois dias de julgamento, 23 testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas: Foto/ Reprodução

Segundo a denúncia, Wesley foi atingido por disparos, chegou a ser levado para atendimento médico, mas não resistiu. Raimundo Veloso foi preso em flagrante e responde por homicídio, tentativa de homicídio e importunação sexual. Os dois últimos crimes têm relação com a jovem Rita Cássia da Silva Lopes, namorada da vítima, que figura como testemunha no caso.

Durante os dois dias de julgamento, 23 testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas. A família de Wesley tem acompanhado todo o processo e vem se manifestando nas redes sociais com pedidos de punição. Um dos materiais publicados afirma: “Queremos justiça por Wesley Santos, que foi assassinado na noite da ExpoAcre por um agente. Sonhos foram interrompidos e a família eternamente destruída”.

A defesa do réu é conduzida pelo advogado Wellington Silva, que reafirmou à TV5 que a estratégia será sustentar a tese de legítima defesa. “Essa sempre foi a palavra da defesa, a voz do acusado. Isso nunca mudou, desde o inquérito até a instrução e agora no plenário. A verdade é uma só e se sustenta em provas concretas, não em meras alegações”, declarou.

O advogado destacou ainda a trajetória profissional de Raimundo Veloso. “Nós estamos falando de um policial penal honrado, que já foi diretor de várias unidades prisionais no Acre, com conduta respeitosa e reputação íntegra. Submeter uma pessoa com essa trajetória a julgamento exige examinar não apenas as provas, mas também sua história. E quando isso é feito, a justiça é alcançada”, concluiu.