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Elon Musk detalha planos da Starship para colonizar Marte em 30 anos

Elon Musk detalha planos da Starship para colonizar Marte em 30 anos

Marte sempre esteve na nossa imaginação. Desde o clássico “A Guerra dos Mundos”, de H. G. Wells, às dezenas de filmes de Hollywood, a Terra sempre foi invadida por marcianos que buscam colonizar nosso planeta.

Agora, vemos exatamente o contrário. Até 2055, acredita Elon Musk, nós poderemos ter um assentamento sustentável e autossuficiente em Marte. Mas, para isso, são necessários alguns avanços tecnológicos, explica a revista Space.

Acredito que isso possa ser feito em 30 anos, desde que haja um aumento exponencial na capacidade de carga para Marte a cada janela de transferência, que é a cada dois anos.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, em declaração durante o All-In Summit.

Elon Musk acredita que em 30 anos teremos o primeiro assentamento no Planeta Vermelho. Crédito: Alones – Shutterstock

Terra e Marte se alinham a cada 26 meses

Para Musk, aumentar a capacidade de carga enviada a cada 26 meses é importante para garantir que todo o equipamento necessário para a manutenção de um assentamento, como módulos de habitação e robôs auxiliares, sejam enviados a tempo.

Além disso, os futuros colonos precisarão “ter todos os ingredientes da civilização”, como os insumos para produção de alimentos, equipamentos para gerar energia e combustível, construção de microchips, computadores, foguetes e tudo o mais que eles precisarem.

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Musk já tem até o foguete necessário, pelo menos para ele, para iniciar a colonização de Marte: a Starship, nave construída pela SpaceX, que é considerada o maior e mais potente veículo de lançamento já construído.

Starship já realizou 10 voos completos

A Starship já realizou 10 voos completos, sendo que no último conseguiu cumprir com todos os objetivos propostos, como levar cargas simuladas de satélites ao espaço. Crédito: luckyluke007/Shutterstock)

A Starship é um foguete formado por duas partes, explica a Space. O Super Heavy (propulsor) e a nave Starship (estágio superior). Ambos são feitos de aço inoxidável e usam motores movidos a oxigênio e metano líquidos, combustíveis que também podem ser produzidos em Marte.

O projeto ainda está em testes, mas já realizou 10 voos completos, sendo o último em 26 de agosto. Nesse voo, a nave conseguiu cumprir todos os objetivos propostos, incluindo levar cargas simuladas de satélites ao espaço. Isso foi considerado um marco importante, já que nos três testes anteriores a nave havia sido perdida antes do final da missão.

O próximo voo, explicou Musk no All-In Summit, será o último do projeto atual. “Depois disso, vem a Versão 3, que trará uma atualização gigantesca, porque tem o Raptor 3, e praticamente tudo muda no foguete”, complementou.

Nova versão da Starship será capaz de orbitar mais de 100 toneladas

Musk acredita que será necessário aumentar a capacidade de carga enviada a cada 26 meses a Marte para garantir que os futuros colonos tenham todos os equipamentos e insumos necessários para sua sobrevivência. Crédito: Artsiom P/Shutterstock

Musk acredita que a próxima versão do seu foguete contará com “uma reformulação tão radical” que permitirá que ela orbite “mais de 100 toneladas”. A Starship deve carregar 2,5 vezes mais carga que o Falcon Heavy e, diferente do Falcon Heavy, será totalmente reutilizável. A SpaceX já reutilizou o propulsor Super Heavy em voos, mas ainda não conseguiu fazer o mesmo com a nave, devido à complexidade do processo.

Para a reutilização total da nave, ainda há muito trabalho a ser feito no escudo térmico.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, em declaração durante o All-In Summit.

Musk tem como objetivo usar a nave para colonizar Marte, tornando o ser humano uma espécie multiplanetária e aumentando as chances de sobrevivermos em caso de desastres na Terra.

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