Olhar Digital > Pro > Conheça a invenção brasileira reconhecida como tecnologia pioneira de 2025
Monitor cerebral é capaz de medir a pressão intracraniana e detectar sinais de doenças graves antes mesmo do aparecimento de sintomas
Um monitor cerebral capaz de medir a pressão intracraniana (PIC) e detectar sinais de doenças graves antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas. Um importante avanço da medicina e que foi desenvolvido por uma empresa brasileira.
Responsável pela invenção, a Brain4care foi reconhecida como pioneira em tecnologia de 2025 e incluída na lista de líderes globais de inovação do Fórum Econômico Mundial. A tecnologia já está disponível no Brasil e nos Estados Unidos, podendo chegar em outros países em breve.

Como funciona o monitor cerebral brasileiro
- O equipamento já recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é oferecido a clínicas e hospitais por uma mensalidade de R$ 7,5 mil.
- É um modelo parecido com uma assinatura de streaming e sem limite de monitorizações, afirma a empresa.
- Fixado na cabeça, o dispositivo envia por Bluetooth as medidas de pressão intracraniana em tempo real, que podem ser acompanhadas por um médico em um tablet ou celular.
- O principal diferencial da invenção brasileira é que ela não tem contraindicação e pode ser aplicada em qualquer paciente.
- O monitor cerebral pode ajudar a identificar doenças como hidrocefalia, tumor cerebral, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e parada cardiorrespiratória.
- Outra vantagem é que não é necessário fazer nenhum corte no crânio para medir a pressão, o que faz desta alternativa menos invasiva.
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Equipamento é oferecido no SUS
No Brasil, o equipamento já é usado na UTI do hospital público Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde monitora cerca de 70% dos pacientes. A instituição, que atende gratuitamente pelo SUS, foi a primeira da rede pública a incorporar o monitor após firmar um contrato comercial com a Brain4care.
Em entrevista ao G1, Plínio Targa, CEO da Brain4care, contou que o produto já foi citado em mais de 110 publicações científicas, em pesquisas sobre AVC, demência, lesões traumáticas e hidrocefalia. A empresa também informou que recebe investimentos de grandes empresários e de fundos.

Fomos selecionados para o Fórum Econômico Mundial pela relevância da nossa pesquisa e pela dimensão de um problema: as pessoas não cuidam da saúde cerebral. Quando sentem dor de cabeça, por exemplo, a reação automática é tomar um remédio.
Plínio Targa, CEO da Brain4care
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.