Anvisa proíbe marca de azeite e suplementos; veja quais

A Anvisa determinou a apreensão do suplemento Zempyc Natural, vendido como cápsulas emagrecedoras “Mega Concentrado 730mg” pela empresa Preço Justo Gestão Empresarial Ltda. Assim, todos os lotes do produto estão com a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso proibidos. 

A ação foi adotada porque a empresa que está no rótulo do suplemento, a Sorocaps Indústria Farmacêutica, declarou que não fabrica nenhum produto com o nome ou marca “Zempyc”. O suplemento tem, portanto, origem e composição desconhecidas.

O produto está sendo divulgado de forma irregular em sites e plataformas, incluindo Facebook e Instagram. As propagandas relacionam o uso do produto com efeito emagrecedor, queima de gordura, redução de apetite, aceleração de metabolismo, de energia e disposição, o que não é permitido para suplementos alimentares — qualquer relação com o nome Ozempic não é mera coincidência.

Fachada do prédio da Anvisa
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Outro suplemento proibido

Além das cápsulas, a agência ordenou o recolhimento e a proibição de todos os lotes do suplemento alimentar Ki-Fit-Turbo, fabricado pela empresa GVL Indústria de Suplementos Alimentares Ltda.

A medida foi tomada após o recebimento de relato de efeitos adversos como taquicardia, desconforto torácico compressivo, epigastralgia (desconforto, queimação ou dor na região abdominal superior), náuseas, vômitos e diarreia, que foram relacionados ao uso do suplemento alimentar.

A medida também proíbe a comercialização, a distribuição, a exportação, a fabricação, a propaganda e o uso do produto. De acordo com a decisão, o produto possui composição desconhecida e divulga, de forma irregular, benefícios terapêuticos e de tratamento de saúde.

suplemento
Cápsula emagrecedora era vendida em redes sociais (Imagem: manassanant pamai/iStock)

Leia Mais:

Azeite proibido

A Anvisa também proibiu a comercialização, distribuição, importação, propaganda e uso do azeite de oliva da marca Los Nobles em todo o território nacional. A decisão também foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (16). 

Segundo a agência, o produto não tem registro na Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica (Anmat), um organismo ligado ao Ministério da Saúde da Argentina responsável por garantir a qualidade, a segurança e a eficácia de alimentos e medicamentos no país. Por isso, foi considerado clandestino.

Marca de azeite foi considerada clandestina por não possuir registro na Argentina (Imagem: LADO/Shutterstock)

Desde o ano passado, o governo federal interrompeu a venda de azeites mais de 70 vezes, segundo levantamento do G1. As marcas afetadas apenas neste ano incluem Los Nobles, Vale dos Vinhedos, Serrano, Málaga, Campo Ourique, Santa Lucía, Villa Glória, Alcobaça, Terra de Olivos, Casa do Azeite, Terrasa, Castelo de Viana, San Martín, Grego Santorini, La Ventosa, Escarpas das Oliveiras, Almazara, Quintas D’Oliveira, Alonso Doma e Azapa.