Até 2024, o Acre perdeu 17% de sua cobertura florestal e se aproxima do limite crítico de 20%, considerado por cientistas como o “ponto de não-retorno”. Ultrapassar essa marca significa que a Amazônia no estado perderia sua capacidade natural de regeneração, transformando a região em um ambiente de clima semiárido, com chuvas reduzidas, temperaturas elevadas e impactos severos na agricultura e pecuária.

Desmatamento na Resex Chico Mendes em 2022 | Foto: Alexandre Noronha/Varadouro
Nos municípios, os números são alarmantes. Plácido de Castro apresenta quase 80% de devastação, seguido por Senador Guiomard (76%) e Acrelândia (74%). A capital, Rio Branco, já teve 38,5% do território desmatado, totalizando mais de 340 mil hectares perdidos nas últimas seis décadas. Outras cidades do leste do estado, como Capixaba, Bujari, Porto Acre e Epitaciolândia, também registram índices preocupantes.
Especialistas alertam que, se o ritmo atual de desmatamento não for contido, o Acre pode se tornar o primeiro estado da Amazônia Legal a atingir o ponto de colapso ambiental.