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Safra de melancia no Vale do Juruá pode ter menor oferta neste ano devido a praga

A safra de melancia no Vale do Juruá, tradicionalmente colhida entre agosto e dezembro, começou este ano com expectativa de menor oferta. Uma praga afetou parte dos roçados da região, comprometendo a produção que costuma abastecer o mercado local nesse período. Com isso, a comercialização depende, principalmente, das chamadas “melancias de praia”, cultivadas em menor escala.

Após a colheita, a melancia deve ser consumida em até duas semanas, antes de perder qualidade: Foto/ Reprodução

“Agora só está chegando melancia de praia, que dá em menor quantidade. A previsão é que possa faltar melancia, mas isso também depende de quantos produtores estão plantando”, explicou José Maicon de Alencar, que atua na marretagem desde os 7 anos, ao lado do pai, acumulando quase 17 anos de experiência.

Apesar da possibilidade de escassez, os preços permanecem estáveis, variando entre R$ 10 e R$ 40, conforme o tamanho do fruto. “É o mesmo valor do ano passado. Quem tem 10 reais leva melancia, quem tem 15 também. Vendemos aqui de acordo com o tamanho, de 10 até 40 reais”, relatou o comerciante.

José ressaltou que, embora sementes importadas permitam produção durante todo o ano, a safra tradicional ainda é a mais aguardada por produtores e consumidores. “Hoje tem melancia com 64 a 80 dias que já está pronta para colher, mas o certo mesmo é de agosto em diante”, explicou.

A preferência do público também varia. “Tem cliente que gosta da melancia de praia, outros preferem a do roçado. Pra mim é tudo a mesma coisa, porque todas são doces, mas vai do gosto do cliente”, disse.

Para quem trabalha com a marretagem, o período é um dos mais importantes para o faturamento. “A melancia, junto com a laranja e o abacaxi, são as frutas que proporcionam um bom capital. Se souber comprar, dá para levantar um dinheiro bom”, afirmou José.

Após a colheita, a melancia deve ser consumida em até duas semanas, antes de perder qualidade. “Depois disso, ela começa a soltar o miolo e perder sabor”, alertou o comerciante.

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