Olhar Digital > Pro > Brasil cai duas posições no ranking dos países mais inovadores do mundo

País aparece na 52ª posição do Índice Global de Inovação (GII), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, órgão ligado à ONU

Imagem: sweet_tomato/Shutterstock

A inovação é caracterizada pela capacidade de criar algo novo ou melhorar o que já existe, transformando ideias em soluções que resolvem problemas, criam novas oportunidades e agregam valor de forma prática e eficiente. Além de pessoas, países também podem ser inovadores.

Para analisar essa capacidade existe o Índice Global de Inovação (GII), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, órgão ligado à ONU. Divulgada nesta terça-feira (16), a mais nova edição do ranking mostra que o Brasil aparece na 52ª posição.

Carro elétrico carregando
Veículos elétricos estão decolando, mas de forma desigual, segundo o trabalho (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Brasil se manteve como a segunda economia mais inovadora da América Latina

O levantamento analisou 139 países do mundo. Eles foram classificados a partir de 80 indicadores de insumos e resultados de inovação, como educação, pesquisa, infraestrutura, sofisticação empresarial e criatividade. Apesar de perder duas posições no novo ranking, o Brasil se manteve como a segunda economia mais inovadora da América Latina e Caribe, perdendo somente para o Chile. O país também mantém a quinta posição entre 36 economias de renda média-alta, atrás da China, Malásia, Turquia e Tailândia.

A pesquisa destacou que o Brasil apresenta um desempenho melhor nos ‘outputs’ (resultados), em que ficou com a 50ª posição, em comparação com os ‘inputs’ (insumos), ocupando o 63º lugar. Isso indica a capacidade do país de transformar investimentos em inovação em resultados concretos, mas mostra uma necessidade e melhoria nos indicadores de educação, infraestrutura e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

China foi um dos grandes destaques no campo da inovação (Imagem: Maria Passer/Shutterstok)

Entre os primeiros colocados, a principal mudança foi a entrada da China no top 10 pela primeira vez, ultrapassando a Alemanha. Pequim contribuiu com o maior número de pedidos de patentes no ano passado, com cerca de um quarto de todas as solicitações, em meio a um cenário de queda global nestes registros.

O levantamento ainda revelou que o crescimento da inovação está em um nível historicamente baixo. A recuperação após a recessão de 2023 ainda é frágil, com a maioria dos investimentos abaixo da tendência de crescimento de longo prazo.

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Relatório destaca que, embora o impacto da inteligência artificial permaneça incerto, seu potencial transformador é inegável (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Os países mais inovadores do mundo:

  1. Suíça: 66 pontos;
  2. Suécia: 62,60 pontos;
  3. Estados Unidos: 61,70 pontos;
  4. Coreia do Sul: 60 pontos;
  5. Singapura: 59,90 pontos;
  6. Reino Unido: 59,10 pontos;
  7. Finlândia: 57,70 pontos;
  8. Países Baixos (Holanda): 57 pontos;
  9. Dinamarca: 56,90 pontos;
  10. China: 56,90 pontos.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.