Apenas neste ano, os EUA gastaram US$ 40 bilhões com a construção de data centers, um aumento de 30% em relação ao ano anterior
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A popularização da inteligência artificial tem provocado diversos efeitos. Enquanto as grandes empresas do setor disputam uma corrida acirrada para desenvolver ferramentas mais eficazes, a demanda por infraestrutura aumenta consideravelmente.
Neste sentido, são necessários cada vez mais data centers no mundo. Um exemplo deste movimento pode ser observado nos Estados Unidos. Os gastos com a construção destes espaços no país atingiram um recorde, segundo informações da Reuters.

EUA buscam liderança do setor
De acordo com um relatório do Bank of America Institute, os EUA gastaram US$ 40 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) com a construção de data centers apenas neste ano. Este número representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior, após um aumento de 50% ter sido verificado de 2023 para 2024.
Os investimentos têm como objetivo aumentar a capacidade de processamento de dados. Algumas das empresas que construíram espaços do tipo em território norte-americano nos últimos meses são Microsoft, Alphabet (dona do Google) e Amazon.

É importante destacar que este movimento não é exclusivo dos EUA, mas acaba sendo potencializado no país em razão da estratégia do presidente Donald Trump. O republicano vem usando tarifas econômicas para forçar as gigantes da tecnologia a investirem no país, sendo os data centers uma prova de que a pressão tem dado certo.
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Impactos ambientais preocupam
- Apesar da importância econômica dos data centers, a construção de novos espaços gera preocupação.
- Isso porque os locais têm um impacto ambiental significativo devido ao alto consumo de energia e água.
- Conforme o International Energy Agency (IEA), os data centers consomem cerca de 1% a 1,5% de toda a eletricidade global, um número que tende a aumentar nos próximos anos.
- Por conta disso, autoridades estão buscando alternativas como o uso de energias renováveis, sistemas de resfriamento mais eficientes, recuperação de calor residual e a consolidação de servidores.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.