Pesquisadora revela como a genética e a luz determinam a cor dos nossos olhos — e por que cada par é único
Sejam azuis, verdes ou castanhos, os olhos são uma das primeiras coisas que notamos nas pessoas — e, muitas vezes, o que mais lembramos.
“Eles têm uma forma única de prender nossa atenção, despertando reconhecimento ou curiosidade antes mesmo de qualquer palavra ser dita”, explica Davinia Beaver, pesquisadora do Centro Clem Jones de Medicina Regenerativa da Universidade Bond, em artigo publicado no The Conversation.

O papel da melanina
A cor dos olhos é definida pela quantidade de melanina na íris. Quanto mais melanina, mais escuros os olhos — por isso o marrom é o tom mais comum no mundo.
Os olhos azuis, por outro lado, têm pouca melanina, e sua tonalidade vem da forma como a luz é dispersa, fenômeno conhecido como efeito Tyndall, o mesmo que deixa o céu azul.
Já os olhos verdes surgem de uma combinação de melanina moderada e dispersão de luz. “Cada íris é como um pequeno universo, com manchas e reflexos que mudam conforme a iluminação”, destaca Beaver.
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Genética e curiosidades
- A herança genética é complexa: muitos genes participam na determinação da cor, o que explica por que irmãos podem ter olhos de cores diferentes.
- A tonalidade também pode mudar ao longo da vida, especialmente nos primeiros anos de infância.
- Condições raras, como a heterocromia — quando cada olho tem uma cor —, tornam alguns olhares ainda mais marcantes.
“Os olhos não apenas nos permitem ver o mundo, mas, também, nos conectam uns aos outros”, conclui Beaver.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.