O Festival do Mandi, um dos eventos culturais mais tradicionais de Sena Madureira, enfrenta um sério risco devido a um problema ambiental alarmante. Um vídeo enviado à redação do ContilNet mostra o despejo de grande quantidade de esgoto diretamente no rio que recebe a festa, gerando indignação e preocupação entre os moradores.
Festival, marcado para setembro, pode ser comprometido por grave problema de saneamento/Foto: Reprodução
Nas imagens, observa-se uma mancha escura se espalhando pela água, acompanhada de resíduos fecais misturados ao esgoto. O cenário levanta dúvidas sobre saúde pública e preservação ambiental, especialmente com a proximidade do festival, que atrai visitantes de diversas regiões do Acre. A situação coloca em xeque a segurança da programação prevista para setembro.
O potencial banho no rio durante o evento preocupa autoridades e população, já que a exposição às águas poluídas aumenta o risco de infecções de pele, doenças gastrointestinais, hepatite A e complicações causadas por vírus e bactérias presentes no esgoto. Crianças, idosos e pessoas com imunidade debilitada são os mais vulneráveis.
A pesca local, parte central da tradição da festividade, também é ameaçada. Peixes contaminados podem acumular microrganismos nocivos e substâncias tóxicas, oferecendo riscos a quem os consome. Além de doenças como intoxicação e verminoses, há risco de acúmulo de metais pesados, prejudicando a saúde e comprometendo a renda dos pescadores que dependem do rio para seu sustento.
Diante desse cenário, a realização de um evento de grande porte em meio a um grave problema de saneamento básico se mostra inadmissível. A ausência de ação das autoridades evidencia descaso com o meio ambiente e com a saúde da população. Um festival que deveria celebrar a cultura local corre o risco de se tornar um símbolo de negligência e irresponsabilidade.
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