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Rio Acre segue em queda acelerada e pode atingir menor cota histórica ainda em agosto

Dados são da Defesa Civil de Rio Branco//Foto: Juan Diaz/ContilNet

O Rio Acre continua apresentando forte redução de nível em Rio Branco e pode atingir, nos próximos dias, a menor cota histórica já registrada na capital acreana. Nesta segunda-feira (11), o manancial marcou 1,31 metro, apenas oito centímetros acima do recorde negativo de 1,23 metro, registrado em setembro do ano passado.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, a descida tem ocorrido em ritmo mais intenso que o habitual. Na última sexta-feira (8) o afluente registrava a marca de 1,48 metro.

A Defesa Civil segue monitorando o cenário com atenção e alerta para os impactos da seca prolongada/ Foto: ContilNet

“De sexta para hoje, o rio caiu 17 centímetros, o que dá uma média de quase seis centímetros por dia. É uma redução bem acelerada, e a previsão é que continue”, afirmou.

O cenário, segundo ele, é resultado principalmente da falta de chuvas e de possíveis alterações na nascente do rio, localizada no Peru.

“Mesmo sem chuva por meses, o rio não chega a zero, porque recebe água de sua nascente. Se houver interferência nessa produção de água, somada à estiagem, o efeito é muito mais grave”, explicou.

A previsão é que não haja chuvas significativas até, pelo menos, a próxima segunda-feira, o que deve agravar ainda mais a situação. “Possivelmente, vamos bater a menor cota histórica já neste mês, sem precisar esperar setembro, como aconteceu em 2024”, disse Falcão.

A Prefeitura de Rio Branco já decretou situação de emergência e, segundo a Defesa Civil, executa ações para mitigar os impactos. Entre as medidas estão o monitoramento da captação de água para abastecimento urbano, com a possibilidade de aprofundar o leito do rio para manter o funcionamento das bombas, levantamento dos prejuízos no setor rural em parceria com a Secretaria de Agropecuária e solicitação de ajuda humanitária aos produtores.

Também está sendo feito um estudo, junto ao setor comercial, para medir os impactos econômicos da seca sobre os preços de produtos na cidade. “Nosso foco agora é minimizar os danos, levando apoio às comunidades rurais e articulando soluções com diferentes órgãos”, concluiu o coordenador.

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