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Prejuízo e frustração: dona de casa viaja por dois dias e não consegue emitir RG dos filhos

Nesta segunda-feira (4), a dona de casa Aparecida Gonçalves enfrentou uma grande frustração ao chegar a Rio Branco, após sair do município isolado de Santa Rosa do Purus, no Acre. A viagem, feita por barco ao longo de mais de dois dias, tinha como objetivo tirar a carteira de identidade (RG) dos seus dois filhos pequenos — mas o atendimento não pôde ser realizado.

Mesmo com a Central de Atendimentos (OCA) funcionando durante o ponto facultativo decretado pelo Governo, Aparecida foi informada, ao chegar ao local, de que o Instituto de Identificação, setor responsável pela emissão do documento, não estava atendendo naquele dia.

Serviço é realizado pelo Instituto de Identificação/Foto: Reprodução

A viagem, que custou mais de R$ 200, tornou-se um prejuízo para a acreana, que precisará arcar com os mesmos gastos novamente em breve.

“Demorei mais de dois dias pra chegar aqui. Meu atendimento já estava agendado. Quando entrei na Oca, a moça me disse que não dava pra ser atendida por conta desse ponto facultativo. É um prejuízo pra mim que vim lá de Santa Rosa, de barco, e vou ter que pagar ida e volta duas vezes”, relatou ao ContilNet.

Sem outra alternativa, Aparecida agora aguarda transporte para retornar a Santa Rosa e planeja voltar à capital apenas no mês de setembro, quando pretende tentar novamente a emissão dos documentos.

“Triste isso. Estou aqui aguardando o carro pra voltar. Vou ter que pagar passagem de ida e volta de novo em setembro”, desabafou.

A diretora da OCA, Fran Britto, comentou sobre o ocorrido e explicou a decisão de manter a unidade aberta, mesmo com o fechamento de alguns órgãos parceiros.

“Nós optamos por abrir hoje para acolher o cidadão, porque sabíamos que tinha órgão que tinha atendido agendado, e tem pessoas da zona rural e de outros municípios que não acompanham as notícias, principalmente nos finais de semana e nós sabíamos que elas viriam até a Oca mesmo com o aviso de ponto facultativo, porque estavam já agendadas pelo órgão. Estamos orientando elas sobre o reagendamento para o serviço do órgão”, esclareceu.

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