Um caso grave de maus-tratos em ambiente escolar está sendo investigado em Ji-Paraná (RO). A denúncia aponta que uma orientadora da Escola Municipal Ruth Rocha teria deixado um aluno de 8 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e epilepsia, exposto ao sol por mais de duas horas, sem acesso à água.
Segundo a mãe, o episódio aconteceu em 20 de agosto, quando o menino se recusou a realizar atividades escolares. Como punição, ele foi colocado em um banco, das 14h às 16h30, “sem assistência e passando mal”.
De acordo com o relato, servidores da escola chegaram a passar pelo local e fizeram comentários como: “menino que não faz tarefa vem pra cá tomar um solzinho e pensar”.
Escola Municipal Ruth Rocha — Foto: Google Maps
Investigação
A família procurou a Polícia Civil e o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), que já apuram o caso. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e pediu o afastamento dos envolvidos.
O que diz a Secretaria de Educação
Em nota, a Semed repudiou o episódio, classificando a conduta como “inaceitável, desumana e ilegal”, além de contrária à Constituição, ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e à Lei Berenice Piana, que garante proteção integral às pessoas com TEA.
“Não toleraremos violência ou desrespeito. O município reafirma o compromisso com uma educação inclusiva, humanizada e pautada no respeito aos direitos fundamentais”, disse a pasta.
A secretaria afirmou ainda que está prestando apoio à criança e à família.
O g1 tenta contato com a direção da Escola Municipal Ruth Rocha para mais informações.
📌 Fonte: g1
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