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Novenário de Cruzeiro do Sul é reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Acre

Novenário de Cruzeiro do Sul é reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Acre. Foto: Reprodução

O Novenário de Cruzeiro do Sul, tradição centenária que chega à sua 107ª edição em 2025, foi oficialmente registrado como patrimônio cultural imaterial do Estado do Acre. O reconhecimento foi confirmado após a conclusão de um dossiê elaborado pela Fundação de Cultura Elias Mansur (FEM), em parceria com o Departamento de Patrimônio Histórico do Estado.

Novenário de Cruzeiro do Sul é reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Acre. Foto: Reprodução

A historiadora e gestora de políticas públicas da FEM, Iri Nobre, explicou que o trabalho envolveu entrevistas com pagadores de promessas, devotos, além de pesquisa bibliográfica e audiovisual. “O Novenário, por si só, já é um bem cultural centenário, mas, com o dossiê aprovado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico, ele se tornou oficialmente patrimônio cultural do Acre”, afirmou.

Ela destacou a diferença entre tombamento e registro: “A Catedral está tombada, pois é um bem material, enquanto o Novenário, por ser uma manifestação imaterial, é registrado. Esse registro garante a preservação da tradição para as futuras gerações.” A conexão histórica e simbólica entre o evento e a Catedral foi ressaltada no estudo, com a inclusão de um capítulo específico sobre o templo no dossiê.

Segundo Iri Nobre, o registro só foi possível devido à mobilização da comunidade local. “A Fundação não realiza registros por iniciativa própria. É necessária uma demanda formal, e Cruzeiro do Sul deu o exemplo enviando o pedido para a pesquisa e registro do Novenário”, destacou.

O reconhecimento traz impactos práticos importantes. “Além do valor histórico, o registro assegura que o Novenário continuará acontecendo por muitos anos, pelo menos pelos próximos 107 anos. Já estamos elaborando um plano de salvaguarda para manter a tradição viva e fiel à sua essência, mesmo com possíveis adaptações”, explicou.

Ela também ressaltou o papel do evento na economia e no turismo. “O Novenário impulsiona o turismo, movimenta o comércio e promove reencontros familiares. Hotéis ficam lotados, e as novas gerações terão acesso a um patrimônio consolidado, que será estudado e valorizado”.

reconhecimento foi confirmado após a conclusão de um dossiê elaborado pela Fundação de Cultura Elias Mansur. Foto: Reprodução

Com o título, o Novenário de Cruzeiro do Sul se torna o primeiro patrimônio cultural imaterial da categoria ‘celebrações’ no Acre, garantindo sua preservação e relevância para as próximas gerações.

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