Juruá Informativo

Empresa de Silas Malafaia acumula dívidas de R$ 17 milhões com a União e credores privados

Seu advogado também se manifestou sobre o tema/ Foto: Isabella Finholdt/ Metrópoles

A Central Gospel, editora ligada ao pastor Silas Malafaia, viu sua dívida com a União disparar nos últimos anos. Segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o montante atual chega a R$ 17 milhões – sendo R$ 6,9 milhões em débitos previdenciários e outros R$ 10,1 milhões referentes a tributos diversos.

Seu advogado também se manifestou sobre o tema/ Foto: Isabella Finholdt/ Metrópoles

O valor representa um aumento de 843% em relação a 2021, quando a empresa devia cerca de R$ 1,8 milhão. Além dos compromissos com a União, a editora enfrenta outras obrigações que somam R$ 15,6 milhões, em processo de recuperação judicial. Nesse caso, os credores vão desde trabalhadores e microempreendedores até grandes instituições financeiras.

Silas Malafaia reconheceu as pendências. Sobre os tributos federais, disse que os advogados estão em negociação para quitar os valores. “Já a recuperação judicial foi concluída, homologada, e estou pagando há dois anos os demais credores”, afirmou o pastor. Seu advogado também se manifestou sobre o tema.

Enquanto enfrenta pressões financeiras, Malafaia é investigado pela Polícia Federal. O religioso teve seu celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após voltar de Lisboa, na última quarta-feira (20/8). A PF apura sua participação em ações coordenadas de desinformação e pressão contra o Judiciário em apoio ao grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Relatório da perícia em aparelhos de Bolsonaro levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a apontar que Malafaia teria papel de liderança em estratégias voltadas a coagir ministros e tentar obstruir a Justiça. Por determinação de Moraes, o pastor está proibido de deixar o país e teve seus passaportes, nacionais e estrangeiros, cancelados. Também não pode manter contato com investigados ligados a Bolsonaro, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos.

Em resposta, Malafaia minimizou a apreensão do celular. Disse que troca de aparelhos constantemente e declarou não temer o material que a PF possa encontrar,

Sair da versão mobile