Com mais de 300 mil dispositivos, a China responde hoje por mais da metade de todos os robôs usados em indústrias no mundo todo

Imagem: SasinTipchai/Shutterstock

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A China totalizou 290 mil unidades de robôs industriais atuando no país em 2024. Os números fazem parte de levantamento da Federação Internacional de Robótica (IFR) e apontam um crescimento de 5% em relação ao ano anterior.

O aumento do uso de dispositivos no território chinês, no entanto, contrasta com o processo de desaceleração global de instalação de novas máquinas. Hoje, Pequim responde por 54% dos dispositivos usados pela indústria no mundo todo.

Resultados da China contrastam com restando do mundo (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)

Outros países registram queda nas instalações

  • De acordo com o portal Interesting Engineering, as instalações no Japão caíram 7%, enquanto nos Estados Unidos houve uma queda de 9%.
  • Já na União Europeia, a diminuição do número de robôs industriais foi de 6%.
  • Por outro lado, a China está aumentando os esforços para atualizar sua cadeia de manufatura por meio da automação.
  • Somente no primeiro semestre de 2025, a produção de robôs industriais chineses aumentou 35,6%, atingindo quase 370 mil unidades, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do país.

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Pequim também investe em robôs humanoides. Nesta imagem, você vê robôs da Unitree lutando boxe (Imagem: CGTN/Reprodução)

O plano da China

A adoção de robôs industriais na China também está avançando para além dos redutos tradicionais, como eletrônicos e fabricação automotiva. As instalações nas indústrias em geral representaram 53% do total em 2024, em comparação com 38% em 2020, enquanto a participação do setor eletrônico caiu de 45% para 28%.

Apesar dos desafios das incertezas geopolíticas e das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, as perspectivas para o segmento permanecem positivas. Espera-se um aumento da demanda por robôs nos próximos anos, movimento que deve consolidar Pequim como líder da robótica industrial.

Objetivo é integrar IA aos dispositivos (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Ao mesmo tempo, os chineses estão intensificando os investimentos em humanoides e em inteligência artificial incorporada aos dispositivos. A ideia é que robôs consigam perceber, aprender e até interagir com seu ambiente.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.