A presidente da Comissão de Defesa e Proteção da Mulher da Câmara Municipal de Rio Branco, vereadora Elzinha Mendonça, comentou a decisão da colega Lucilene Vale, vice-presidente da comissão, de não assinar o pedido de afastamento do superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, alvo de denúncias de assédio moral.
Lucilene, que é a única mulher da Casa além de Elzinha, também informou que não participaria da reunião da comissão nesta quarta-feira (20), alegando problemas de saúde e consulta médica. A ausência e a posição dela de não apoiar formalmente o afastamento geraram questionamentos.
Sem entrar em embate direto, Elzinha Mendonça afirmou respeitar a postura da colega.
“Cada vereador toma a postura que achar necessária. Eu não faço nenhum julgamento em relação à vereadora, ela deve ter os motivos dela. Nós somos agentes públicos, e cada forma de agir traz consequências. Se ela acha que é correto, quem sou eu para julgar?”, declarou.
Apesar da divergência, a presidente destacou que a comissão seguirá atuando no caso. Ela convocou reunião para discutir o encaminhamento de um novo documento ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público do Trabalho, reforçando o pedido de afastamento do superintendente enquanto as investigações ocorrem.
Elzinha lembrou que a comissão já enfrentou situações semelhantes na Câmara e que, em casos anteriores de assédio, as denúncias encaminhadas resultaram em condenações. “É um assunto sério, e a Câmara não pode se calar. Se o superintendente for inocente, terá o direito de se defender. Se for culpado, deve arcar com as consequências”, afirmou.
Caso haja consenso após reunião da comissão, o documento deverá finalizado ainda nesta quarta-feira e entregue aos órgãos competentes na manhã da quinta-feira (21).

