Juruá Informativo

Brasil proíbe uso de animais em testes para cosméticos e produtos de higiene

Brasil proíbe uso de animais em testes para cosméticos e produtos de higiene

O Brasil tornou-se o mais novo país a proibir o uso de animais em laboratórios para pesquisas relacionadas a produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

A medida, sancionada no fim de julho, encerra prática que utilizava coelhos, porquinhos-da-índia e camundongos para verificar reações, como alergias e irritações na pele e nos olhos.

Foram 12 anos de tramitação no Congresso, com forte pressão de grupos de defesa dos animais. A nova lei federal alinha o Brasil a países, como Canadá, Índia, Austrália, boa parte da Europa e alguns estados dos Estados Unidos, onde a proibição já vigora.

Pessoa segurando placa com os dizeres
Nova lei federal alinha o Brasil a países, como Canadá, Índia, Austrália, boa parte da Europa e alguns estados dos Estados Unidos, onde a proibição já vigora (Imagem: AndriiKoval/Shutterstock)

A legislação também veta a venda de produtos testados em animais fora do país. As autoridades sanitárias terão dois anos para implementar as rotinas de fiscalização nos laboratórios, e, até 2027, deverão regulamentar selos e rótulos oficiais para informar quais produtos são livres de testes em animais. A medida amplia para todo o território nacional normas que alguns estados já haviam adotado.

Métodos alternativos para testes de cosméticos

Atualmente, a maioria dos laboratórios de cosméticos no Brasil já utiliza métodos alternativos para garantir a segurança dos produtos (Imagem: shisu_ka/Shutterstock)

Leia mais:

Lei precisa avançar em outras áreas

Para a doutora em Biotecnologia Bianca Marigliani, a nova lei representa um avanço, mas ainda há setores que continuam a usar animais em testes.

“Em testes de segurança em brinquedos, artigos escolares, agrotóxicos, produtos de limpeza, medicamentos, vacinas. Então, ainda tem muito para avançar. Mas a gente vai seguindo aos pouquinhos, conforme a sociedade reconhece que os animais não devem ser submetidos a esses testes cruéis, a uma vida inteira enclausurados num laboratório e também permitindo o avanço científico para que a gente possa ter uma ciência mais ética”, afirmou.

Bianca Marigliani diz que a nova lei representa um avanço, mas ainda há setores que continuam a usar animais em testes (Imagem: New Africa/Shutterstock)

Amianto pode causar câncer, mas ainda aparece em cosméticos — entenda

O amianto, um carcinógeno conhecido, foi amplamente utilizado no século XX em produtos como materiais de construção, pastilhas de freio e até para simular neve em filmes. Na década de 1960, foi confirmada a relação entre a exposição ao amianto e o mesotelioma, um câncer incurável que afeta principalmente os pulmões.

Leia a reportagem completa aqui

Sair da versão mobile