O caso de um cavalo brutalmente mutilado em Bananal (SP), no último sábado (16), ganhou repercussão nacional após denúncias circularem nas redes sociais. O animal teve as quatro patas cortadas, e a Polícia Civil abriu investigação para apurar a crueldade. A situação ganhou ainda mais visibilidade quando a cantora Ana Castela, conhecida como “boiadeira”, compartilhou a foto do suspeito e pediu punição.

O caso ganhou repercussão nacional após a cantora Ana Castela expor a situação na internet/Foto: Reprodução
Ativistas do Acre também se pronunciaram sobre o crime. Para a advogada Vanessa Fagundes, fundadora da ONG Patinha Carente, o episódio expõe falhas na legislação de proteção aos animais.
“Infelizmente, a pena prevista para animais como cavalos ainda é a antiga, de três meses a um ano, o que é um absurdo. Nós queremos que a lei seja aplicada com rigor, mesmo que seja somente para cães e gatos, e que o agressor cumpra a pena máxima e não apenas preste serviços comunitários”, declarou.
A ativista também é advogada e atua com a causa animal/Foto: Cedida
Ela acrescentou que o cavalo, já debilitado após percorrer longa distância, foi vítima de maus-tratos e provavelmente morreu em decorrência dos ferimentos. Vanessa ainda criticou o uso de animais em práticas de entretenimento humano, citando como exemplo as cavalgadas realizadas em Rio Branco, que, segundo ela, também configuram crueldade.
Outra ativista que se manifestou foi Fernanda Evelyn, de 23 anos, coordenadora do projeto Fernanda Amor Animal, que já resgatou cerca de 600 animais.
Fernanda já ajudou no resgate de cerca de 600 animais/Foto: Cedida
“A crueldade contra os animais, como a que foi exposta no vídeo, é um crime previsto na legislação brasileira, com pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa. É fundamental que a sociedade se una para garantir que a lei seja cumprida e que os animais sejam tratados com respeito e dignidade”, afirmou.
Ela ressaltou ainda que a violência contra o cavalo não se trata de um caso isolado, mas sim do reflexo de uma sociedade que, muitas vezes, encara vidas como descartáveis.
A repercussão também mobilizou personalidades nacionais. A ativista Luisa Mell classificou os suspeitos como “monstros” e disse estar em contato com uma vereadora da cidade para cobrar providências. Já Ana Castela reforçou seu apelo nas redes sociais: “Que esse covarde receba o que merece”, escreveu.