O Governo Federal anunciou, na última sexta-feira (8), o financiamento de três novas iniciativas no Acre por meio do Fundo Amazônia, que juntas somam R$ 46,6 milhões. Os recursos serão direcionados a projetos voltados ao acesso à água potável, recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da agricultura familiar com foco na merenda escolar.
No Acre, os recursos já somam R$ 260,8 milhões, sendo R$ 155 milhões liberados a partir de 2023/ Foto: Reprodução
O maior aporte, de R$ 23,99 milhões, será destinado ao programa Amazônia na Escola: Comida Saudável e Sustentável, cujo objetivo é garantir o fornecimento de alimentos para escolas públicas do estado. A proposta prioriza produtos cultivados por agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais, incentivando práticas sustentáveis e valorizando a produção local.
Outra frente de investimento é o Restaura Amazônia, voltado à recuperação de 1.200 hectares na Reserva Extrativista Chico Mendes. Desse total, 200 hectares serão restaurados pela SOS Amazônia, com recursos de R$ 6,1 milhões, e 1.000 hectares ficarão sob responsabilidade da Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, que contará com R$ 5,5 milhões. A diferença de valores está ligada aos métodos de restauração utilizados por cada entidade.
Também será executado o projeto Memorial Chico Mendes – Sanear Amazônia, que aplicará R$ 9 milhões na implantação de tecnologias sociais de abastecimento de água. A meta é atender 282 famílias de comunidades tradicionais, garantindo água de qualidade para consumo, produção de alimentos e geração de renda.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia é administrado pelo BNDES e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Trata-se do principal instrumento de cooperação internacional voltado a ações de preservação na Amazônia Legal. Desde sua criação, já aprovou R$ 5,6 bilhões para 133 projetos, com desembolso de R$ 2,7 bilhões até junho deste ano.
Somente no Acre, os investimentos do Fundo totalizam R$ 260,8 milhões, sendo R$ 155 milhões liberados desde 2023. Os projetos abrangem os 22 municípios do estado, 25 das 31 terras indígenas e 17 das 21 unidades de conservação, combinando o combate ao desmatamento com a promoção de atividades produtivas sustentáveis.