Milei deixa carreata sob vaias e ataques com pedras e garrafas

Presidente argentino foi hostilizado por militantes da oposição em Lomas de Zamora; evento terminou suspenso por segurança

O presidente da Argentina, Javier Milei, precisou ser retirado às pressas de uma carreata em Lomas de Zamora, região metropolitana de Buenos Aires, nesta quarta-feira (27/8). O ato, que fazia parte das atividades do partido La Libertad Avanza, terminou em confusão após opositores lançarem pedras e garrafas contra o veículo onde o chefe de Estado acenava para apoiadores.

Tomas Cuesta/Getty Images

De acordo com a assessoria de Milei, ninguém ficou ferido. O presidente estava acompanhado do deputado José Luis Espert, apontado como um dos principais nomes da base governista para as eleições legislativas de outubro.

📹 Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que Milei é surpreendido pelos ataques e precisa encerrar a participação. Espert, por sua vez, foi filmado deixando o local em uma motocicleta sem capacete, em meio ao tumulto.

jornal Clarín informou que o ato foi suspenso por motivos de segurança. Segundo a imprensa argentina, militantes ligados ao kirchnerismo estariam por trás das hostilidades. Uma fotógrafa que acompanhava a carreata teria sido atingida por uma pedra.

Em entrevista à emissora TN, Espert lamentou o episódio:

“Percorremos vários quarteirões em paz, com alegria e euforia, e em certo momento pedras caíram muito perto do presidente.”

Milei também se manifestou nas redes sociais:

“Os kukas, por falta de ideias, voltaram a recorrer à violência. Nos dias 7/9 e 26/10, digamos nas urnas: Kirchnerismo nunca mais.”

Crise política em meio à violência

O episódio acontece em um momento delicado para o governo Milei, que enfrenta denúncias de corrupção no círculo mais próximo ao presidente. Áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), citam a irmã do presidente, Karina Milei, como beneficiária de um suposto esquema de propinas na compra de medicamentos.

A popularidade de Milei, que já foi superior a 60%, caiu para 41%, segundo pesquisas recentes, em meio à crise política, derrotas no Congresso e protestos contra cortes de gastos públicos. As eleições legislativas de 26 de outubro são vistas como um referendo sobre sua agenda econômica de austeridade.

✍️ Redigido por ContilNet Notícias
📌 Fonte: Metrópoles