Amazon aposta em IA neurossimbólica para aprimorar sistemas próprios

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Um modelo híbrido de inteligência artificial (IA), conhecido como IA neurossimbólica, está ganhando espaço na Amazon e impulsionando desde o assistente de compras Rufus até robôs avançados em centros de distribuição, segundo o The Wall Street Journal. A tecnologia combina redes neurais com raciocínio simbólico, que usa lógica e códigos para resolver problemas.

Robô Vulcan, da Amazon, em ação
Robô Vulcan, da Amazon, implantado no centro de distribuição da empresa em Hamburgo (Alemanha), emprega raciocínio automatizado para otimizar o espaço nas caixas e identificar itens sem a necessidade de escanear códigos de barras (Imagem: Amazon)

Enquanto ferramentas, como o ChatGPT, são eficazes em prever palavras, ainda podem errar com confiança quando têm poucos exemplos de referência. “Não é um problema que possa ser resolvido apenas com mais computação, pois teoremas matemáticos definem essas limitações”, disse Grant Passmore, cofundador e co-CEO da Imandra, startup de IA, ao periódico.

“A IA neurossimbólica é a solução porque combina a modelagem estatística dos LLMs [modelos de linguagem grande] com a abordagem lógica e axiomática do raciocínio simbólico.”

Segundo Passmore, a abordagem também reduz custos, pois divide tarefas entre GPUs, para entendimento de linguagem, e CPUs, para raciocínio e verificação. A Amazon tem cerca de 20 equipes trabalhando em aplicações desse tipo de raciocínio.

IA “tunada” na Amazon

  • No setor logístico, robôs Vulcan instalados em Spokane (EUA) e Hamburgo (Alemanha) usam raciocínio automatizado para resolver problemas espaciais, como posicionar itens, enquanto redes neurais cuidam da percepção e classificação de imagens;
  • O sistema consegue manipular cerca de 75% dos tipos de produtos armazenados, com velocidade semelhante à de trabalhadores humanos;
  • O raciocínio automatizado também está na base do Rufus, assistente de compras da Amazon que usa LLM para interagir com clientes e raciocínio simbólico para tornar respostas mais relevantes e reduzir erros;
  • “Sabemos que o teorema de Pitágoras é verdadeiro, mesmo sem enumerar todos os triângulos possíveis”, disse Byron Cook, vice-presidente da Amazon e criador do grupo de raciocínio automatizado da empresa. “A lógica matemática permite uma prova finita, em que cada passo é verificável.”
Montagem que mostra pontos inteligados ao lado de um cérebro humano e os dizeres
Tecnologia combina redes neurais com raciocínio simbólico, que usa lógica e códigos para resolver problemas (Imagem: Rodrigo Mozelli [gerado com IA]/Olhar Digital)

No último dia 6, a Amazon anunciou o recurso Automated Reasoning Checks, que, segundo a empresa, reduz “alucinações” de IA e identifica respostas corretas com até 99% de precisão. A tecnologia pode formalizar verdades em áreas, como saúde ou políticas de devolução, e ser aplicada a sistemas multiagente.

Briga entre redes neurais e inteligência artificial clássica

O debate entre redes neurais e IA clássica persiste. Geoffrey Hinton, pioneiro da IA, disse, em 2023, que “pessoas são como esses grandes modelos de linguagem: elas simplesmente inventam coisas” e que não há fronteira rígida entre memória verdadeira e falsa.

Já Gary Marcus, cientista cognitivo, defende que sistemas híbridos são o futuro: “Nem redes neurais, nem IA clássica, podem realmente se sustentar sozinhas. Precisamos encontrar formas de uni-las… acredito que o momento da IA neurossimbólica finalmente chegou.”

Redes neurais
Debate entre redes neurais e IA clássica persiste (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

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