Vídeo flagra abandono de filhotes no campus da Ufac e revolta comunidade acadêmica

Segundo relatos, tanto estudantes quanto donos de quiosques da instituição já formalizaram pedidos à administração da universidade para que providências sejam tomadas

Uma câmera de vigilância registrou o momento em que uma mulher abandona vários filhotes de gato em uma área dentro do campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. O vídeo foi enviado com exclusividade por estudantes à equipe do ContilNet, que afirmam que situações como essa são recorrentes e vêm se agravando com o passar dos dias.

As imagens mostram a mulher deixando os animais em uma caixa de papelão/ Foto: Cedida

De acordo com os estudantes, além dos gatos recém-nascidos, diversos cães — de diferentes idades — também têm sido deixados nas imediações da universidade, todos sem cuidados ou supervisão. Preocupados com o bem-estar dos animais, alguns alunos e funcionários se uniram para oferecer alimentação e água, tentando amenizar o sofrimento causado pelo abandono.

Segundo relatos, tanto estudantes quanto donos de quiosques da instituição já formalizaram pedidos à administração da universidade para que providências sejam tomadas. No entanto, até agora, não houve qualquer resposta por parte da reitoria ou dos demais setores envolvidos.

“São muitos casos, é triste tudo isso que está acontecendo. São muitos animais maltratados, muitos deles estão machucados. E nós estamos fazendo o possível para ajudar, pedindo doação para comprar alimentos, para os vários gastos dos cuidados que mais precisam. Porque é difícil ver tantos animais sofrendo”, relatou um estudante, que preferiu manter o anonimato.

A equipe do ContilNet tentou contato com a assessoria da Ufac, mas não obteve retorno até o momento. Vale lembrar que, conforme estabelece a Lei Federal nº 9.605/98, abandonar animais é um crime classificado como maus-tratos, com pena prevista de três meses a um ano de detenção, além de multa. Além do sofrimento causado aos animais, a prática contribui para riscos à saúde pública, como proliferação de doenças, fome e exposição à violência.