O empresário Diego Luiz Gois Passo retornou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta semana para prestar um segundo depoimento relacionado à morte da assessora jurídica Juliana Marçal, servidora do Tribunal de Justiça do Acre.
Desta vez, o interrogatório foi motivado pela descoberta de uma arma de fogo — uma pistola calibre 9 mm — localizada sob a parte frontal da caminhonete Hilux usada por Diego. O armamento foi encontrado preso ao chassi do veículo, em uma tentativa considerada estratégica de ocultação.
Apesar da localização do artefato, fontes ligadas à investigação revelaram que Diego negou ser o dono da arma durante o novo depoimento, que teve duração aproximada de 30 minutos. A oitiva foi conduzida a portas fechadas pelo delegado Alcino Ferreira Júnior, responsável pelo caso, e contou com a presença do advogado de defesa Felipe Munoz.
O acusado havia sido preso na última terça-feira (15), após se apresentar voluntariamente na base do Grupamento Especializado em Fronteira (GEFRON). Na ocasião, ele já havia sido ouvido pelos investigadores, mas o surgimento de novas evidências levou à necessidade de um segundo interrogatório.
A Justiça converteu a prisão temporária de Diego Passo em prisão preventiva, e ele segue detido na unidade penitenciária UP-4, antiga “Papudinha”, à disposição do Judiciário. A Polícia Civil continua apurando se a pistola encontrada tem ligação direta com o assassinato de Juliana Marçal e se foi utilizada no crime. Novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias para esclarecer a dinâmica do caso e identificar possíveis coautores.

