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Seriam esses os primeiros habitantes da Lua?

Seriam esses os primeiros habitantes da Lua?

Buscar vida fora da Terra é uma das maiores obsessões da humanidade, mas, e se ela estivesse mais perto do que imaginamos? De certa forma, é disso que trataremos nesta matéria.

Em fevereiro de 2019, uma tentativa fracassada de pouso na Lua pode ter levado ao satélite natural seus primeiros habitantes permanentes.

Tardígrado visto no microscópio
Tardígrado visto no microscópio (Imagem: Videologia/Shutterstock)

A sonda Beresheet, projeto da organização israelense SpaceIL em parceria com a IAI, foi lançada com a ambição de ser a primeira missão privada a pousar no astro, segundo informações do IFLScience.

Apesar das grandes expectativas, a missão terminou em desastre: a nave caiu na superfície lunar em abril de 2019 após uma falha no motor. A boa notícia é que parte da carga resistiu ao impacto.

O que a sonda levava?

Afinal, o que são os tardígrados?

Conhecidos por sua incrível resistência, os tardígrados são organismos microscópicos que conseguem sobreviver a condições extremas, desde o vácuo do Espaço até temperaturas que variam entre −200 °C e mais de 150 °C. Também resistem à radiação, à falta de oxigênio e à desidratação total.

Tadígrado visto no microscópio (Imagem: Oleh Liubimtsev/Shutterstock)

Com tamanho entre 0,1 e 0,5 milímetro, só podem ser vistos com o auxílio de microscópios, mas suas capacidades desafiam os limites conhecidos da vida.

Seria possível revivê-los?

Os tardígrados enviados à Lua estavam desidratados e encapsulados em resina, o que ajudou a protegê-los do impacto. Isso levanta uma pergunta: será que ainda podem ser recuperados e trazidos de volta à vida?

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Embora essa hipótese pareça promissora, ela é bastante improvável sem uma missão de resgate. Experimentos já mostraram que tardígrados sobrevivem a impactos de até 0,9 km/s, porém, não se sabe se o choque sofrido pela Beresheet ultrapassou esse limite.

Tardígrado em ambiente natural de floresta (Imagem: Kirsanova Tania/Shutterstock)

Além disso, as condições lunares não oferecem os elementos necessários para que esses organismos saiam espontaneamente da hibernação: faltam água e calor. Assim, a única chance de revivê-los seria recuperar a cápsula intacta e trazê-la de volta à Terra, uma tarefa experimental e altamente desafiadora.

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