Juruá Informativo

Privacidade em risco? Apps com IA pedem permissões excessivas

Privacidade em risco? Apps com IA pedem permissões excessivas

Tudo sobre Inteligência Artificial

O avanço de assistentes com inteligência artificial (IA) em navegadores, aplicativos e dispositivos tem mudado rapidamente a forma como interagimos com a internet. Se antes a busca por informações era um processo mais manual, hoje ferramentas baseadas em IA prometem automatizar tarefas e facilitar a vida digital. No entanto, essa comodidade vem com um custo: o acesso amplo e, muitas vezes, desnecessário aos dados pessoais dos usuários.

Ferramentas de IA cada vez mais solicitam permissões consideradas invasivas, como acesso a e-mails, contatos, histórico de navegação e até arquivos armazenados localmente. O discurso é que essas permissões são necessárias para que os recursos funcionem corretamente. Mas especialistas e empresas de segurança digital vêm alertando que esse tipo de acesso não deve ser tratado como normal, nem naturalizado pelos usuários.

Potencialize seu trabalho com IA!

Aprenda a criar agentes de Inteligência Artificial que trabalham 24 horas por você!
Conheça o curso de IA & Automação de Agentes com N8N da Impacta em parceria com o Olhar Digital.

Oferta Exclusiva: Assine o plano anual do Clube Olhar Digital por apenas R$ 58,99 e ganhe 10% de desconto imediato no curso.
A economia é maior que o valor da assinatura!

Aproveite essa oportunidade e dê o próximo passo rumo à automação inteligente!

Assine Agora e Economize!

Especialistas em segurança digital alertam para a concessão excessiva de dados para ferramentas de IA (Imagem: SomYuZu / Shutterstock.com)

Permissões excessivas em nome da conveniência

Um exemplo recente é o navegador Comet, lançado pela Perplexity, que conta com um sistema de busca por IA e funcionalidades automatizadas para gerenciar e-mails, calendários e outras tarefas rotineiras. Durante testes conduzidos pelo site TechCrunch, foi identificado que o navegador solicita uma série de permissões ao vincular uma conta do Google, incluindo envio de e-mails em nome do usuário, acesso a todos os contatos e edição de eventos em todos os calendários associados à conta.

Teste conduzido pelo TechCrunch mostrou pedido de permissões excessivas do Comet (Imagem: TechCrunch / Reprodução)

Embora a empresa afirme que grande parte dessas informações seja armazenada localmente no dispositivo, o usuário ainda concede permissão para que a ferramenta acesse e utilize esses dados — inclusive para aprimorar os modelos de IA da empresa, que são compartilhados entre todos os usuários.

Tendência em aplicativos de IA

Riscos de segurança e perda de controle

Ao permitir esse nível de acesso, o usuário está, na prática, entregando uma cópia completa da sua vida digital, com e-mails, mensagens, eventos passados e presentes, e outras informações confidenciais. E mais: está autorizando que esses sistemas ajam de forma autônoma, o que exige um alto nível de confiança em tecnologias que ainda estão longe da perfeição e podem cometer erros graves.

Além disso, ao confiar nesses assistentes, o usuário também está confiando em empresas cujo modelo de negócio depende do uso dos dados pessoais para treinar modelos e melhorar produtos. Em casos de falha (algo comum), funcionários humanos podem ter acesso direto ao conteúdo processado pelas IAs para investigar o que deu errado.

Apesar das garantias que estas empresas possam oferecer, existem riscos de seus dados serem expostos (Imagem: Song_about_summer / Shutterstock.com)

Leia mais:

Um alerta para o usuário final

Diante desse cenário, especialistas sugerem que o usuário faça uma análise crítica entre custo e benefício ao utilizar esses serviços. Vale realmente a pena permitir que uma IA acesse seu histórico completo de emails apenas para economizar alguns minutos em uma tarefa?

No passado, já causava estranheza quando apps simples, como os de lanterna, pediam acesso à localização. Hoje, os assistentes com IA representam uma nova ameaça: a normalização do fornecimento irrestrito de dados pessoais em nome da conveniência digital.

Sair da versão mobile