Juruá Informativo

OpenAI quer comissão em vendas feitas pelo ChatGPT

OpenAI quer comissão em vendas feitas pelo ChatGPT

Tudo sobre ChatGPT

Tudo sobre OpenAI

A OpenAI está testando uma nova estratégia para monetizar seu chatbot de inteligência artificial (IA). A empresa pretende passar a cobrar uma comissão sobre vendas realizadas diretamente pelo ChatGPT, como parte de um esforço para diversificar suas fontes de receita. A novidade visa permitir que os usuários finalizem compras dentro da própria plataforma, sem precisar ser redirecionados a sites externos.

A iniciativa representa uma mudança importante no modelo de negócios da companhia, que até agora obtinha receita principalmente por meio de assinaturas da versão paga do ChatGPT. Com a nova abordagem, até mesmo usuários da versão gratuita do chatbot poderão gerar retorno financeiro para a empresa, ampliando o potencial de monetização da ferramenta.

Logomarca do ChatGPT em tela de celular colocado na frente de imagem de logomarca da OpenAI
A receita da OpenAI até agora se concentra em assinaturas de versões pagas do ChatGPT, mas isto pode estar perto de mudar (Imagem: One Artist / Shutterstock.com)

Recurso de pagamento dentro do ChatGPT está em desenvolvimento

Mudança estratégica e impacto sobre concorrência

Avaliada em cerca de US$ 300 bilhões, a OpenAI ainda opera com prejuízo. A nova estratégia de comércio eletrônico é vista como uma forma de explorar fontes de receita alternativas, além de representar uma possível ameaça ao modelo de negócios do Google, já que usuários estão recorrendo cada vez mais a chatbots de IA para fazer buscas e descobrir produtos.

Apesar do sucesso, a OpenAI ainda opera no vermelho (Imagem: JarTee / Shutterstock.com)

A empresa afirma que as recomendações de produtos exibidas hoje no ChatGPT são feitas com base na relevância da consulta do usuário, além de instruções específicas como limite de orçamento. Recentemente, a OpenAI também aprimorou o sistema de memória da plataforma, permitindo que o chatbot personalize sugestões de forma mais precisa, com base em preferências anteriores.

Como funcionam as recomendações de produtos

Atualmente, ao clicar em um produto exibido no ChatGPT, o usuário vê uma lista de lojistas disponíveis, gerada a partir de dados fornecidos por terceiros. A ordem de exibição é determinada por metadados de produtos e comerciantes, sem considerar ainda fatores como preço ou frete. A OpenAI afirma que esses critérios devem evoluir conforme a experiência de compras for aperfeiçoada.

O ChatGPT recomenda produtos e parece pronto para dar mais um passo e garantir comissão por compras feitas diretamente na plataforma (Captura de tela: Ana Figueiredo / Olhar Digital)

Enquanto isso, marcas e agências publicitárias já estão adaptando suas estratégias para aparecer nos resultados dos chatbots. O movimento tem sido comparado ao SEO (Search Engine Optimization), mas voltado para inteligência artificial — um conceito que começa a ser chamado no setor de “AIO” (Artificial Intelligence Optimization).

Leia mais:

Publicidade ainda é tema em avaliação pela OpenAI

Mesmo com a aproximação do comércio eletrônico e o interesse de anunciantes, a OpenAI ainda não adotou oficialmente um modelo baseado em publicidade. A empresa, que passa por um processo de reestruturação para fins lucrativos, declarou em dezembro que não tinha “planos ativos” para incorporar anúncios. No entanto, a diretora financeira Sarah Friar confirmou que a companhia estuda possibilidades de inserção publicitária, mas pretende agir com cautela.

Em março, o CEO Sam Altman afirmou ao boletim Stratechery que a empresa não pretende vender posições nos resultados, mas poderá cobrar uma taxa de afiliado de cerca de 2% quando uma compra for realizada por meio do ChatGPT. “Nunca vamos aceitar dinheiro para alterar a ordem dos resultados, mas se alguém comprar algo que encontrou via Deep Research, vamos cobrar uma taxa”, explicou.

Sair da versão mobile