No Acre, escolas em comunidades isoladas têm aulas suspensas por causa da seca de rios

A ação emergencial tem como objetivo garantir que os estudantes não sejam prejudicados pela seca prolongada

A forte seca que atinge rios do Acre tem alterado a rotina de dezenas de comunidades ribeirinhas e indígenas, onde o acesso às escolas depende exclusivamente do transporte fluvial. Diante da gravidade da situação, a Secretaria de Educação e Cultura (SEE) deu início à reorganização do calendário letivo em escolas localizadas nessas regiões de difícil acesso.

Barco escolar fica encalhado no leito seco do Rio Envira, durante ação de entrega de mantimentos no Seringal Porto Rubim, em Feijó. Foto: Ascom

Com os rios em níveis extremamente baixos, muitos estudantes estão impossibilitados de chegar às salas de aula, já que não há vias terrestres alternativas. A estiagem nas cabeceiras dos rios tem causado interrupções nas atividades escolares, exigindo medidas emergenciais por parte do governo estadual para assegurar o direito à educação nessas comunidades.

De acordo com o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, a equipe da SEE está atuando caso a caso, com base na realidade local de cada escola.

“Estamos acompanhando com atenção cada situação. Nessas regiões, os rios são a única via de acesso. Quando o rio seca, não há alternativa. É nosso dever assegurar o direito à educação dessas crianças, reorganizando o calendário de acordo com a realidade local”, afirmou.

A ação emergencial tem como objetivo garantir que os estudantes não sejam prejudicados pela seca prolongada, que já compromete atividades essenciais em várias áreas do estado.