Ideia é defendida por CEO da Intel e tem como objetivo recuperar a tradicional empresa de uma profunda crise financeira

Big tech trabalha em sua reestruturação (Imagem: MagioreStock/Shutterstock)

Desde que assumiu o controle da Intel, em março deste ano, o novo CEO Lip-Bu Tan vem adotando o que ele mesmo chamou de “decisões difíceis”. O objetivo é recuperar a tradicional empresa de uma profunda crise financeira.

Uma destas ações prevê uma grande mudança no principal segmento da companhia. A ideia é não comercializar mais certos chips para clientes externos, o que representa uma ruptura em relação ao que era defendido pelo seu antecessor.

Empresa passa por dificuldades financeiras graves (Imagem: canon_photographer/Shutterstock)

Empresa pode mudar seu foco de atuação

Segundo reportagem da Reuters, o novo plano da Intel tem sérias implicações. Uma delas é o fim das vendas externas do modelo 18A e de sua variante 18A-P. O desenvolvimento destes produtos custou bilhões de dólares, o que significa que a empresa pode amargar um prejuízo ainda maior.

A fabricante de chips, no entanto, garante que o principal comprador é a própria Intel e que pretende aumentar a produção para atender a demanda interna até o final do ano. Ao mesmo tempo, a ideia é priorizar um outro projeto.

Lip-Bu Tan defende mudanças importantes dentro da empresa (Imagem: divulgação/Intel)

O foco de Tan está no 14A, um chip altamente avançado e que a Intel espera que seja superior aos concorrentes. Isso atrairia novos potenciais clientes para a empresa, ajudando a superar a crise financeira atual. As propostas do CEO ainda precisam ser analisadas pelo conselho da companhia.

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Intel está realizando demissões em reestruturação global da empresa (Imagem: iama_sing/Shutterstock)
  • A Intel dominou o setor de fabricação de chips semicondutores por anos, mas acabou sendo superada pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
  • Durante a maior parte de sua história, a empresa fabricou chips apenas para si mesma.
  • Em 2021, no entanto, houve uma mudança importante e a companhia passou priorizou a fabricação de chips para outras empresas.
  • O problema é que a Intel não conseguiu fornecer o nível de serviço técnico e ao cliente da rival TSMC, levando a atrasos e testes reprovados.
  • Desde então, a empresa vem acumulando prejuízos nos últimos balanços financeiros.
  • No ano passado, por exemplo, a perda foi de US$ 19 bilhões.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.