Ferramenta é capaz de estimar em qual das 62 províncias romanas a inscrição foi feita, além da década em que foi produzida
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Cerca de 1.500 inscrições em latim são descobertas todos os anos. Decifrar estes textos antigos pode revelar informações valiosas sobre o passado e o modo de vida dos romanos. No entanto, esta não é uma tarefa fácil.
Para ajudar os historiadores neste trabalho, uma nova ferramenta de inteligência artificial foi desenvolvida com ajuda de pesquisadores do Google. A capacidade desta tecnologia foi descrita em estudo publicado na revista Nature.
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- As inscrições em latim eram comuns em todo o mundo romano.
- Elas estavam presentes nos decretos dos imperadores, mas também no grafite nas ruas, oferecendo evidências sobre o pensamento, linguagem, sociedade e história daquele povo.
- Segundo pesquisadores, o que torna estes materiais únicos é o fato de que todas as classes sociais podiam escrevê-los.
- No entanto, muitos destes textos foram danificados pela passagem do tempo e estão indecifráveis.
- É aí que entra a nova ferramenta de IA.
- A rede neural generativa recebeu o nome de Enéias e foi treinada a partir de dados sobre as datas, locais e significados das transcrições latinas da era romana.
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Resultados dos testes foram impressionantes
Os pesquisadores treinaram o modelo de IA em 176.861 inscrições, sendo 5% delas contendo imagens. Segundo a equipe, a ferramenta agora é capaz de estimar a localização de uma inscrição entre as 62 províncias romanas, a década em que foi produzida e até adivinhar partes que estejam faltando nos textos.
Durante os testes, os cientistas pediram que a inteligência artificial analisasse uma famosa inscrição chamada “Res Gestae Divi Augusti”, na qual o primeiro imperador de Roma, Augusto, detalhou suas realizações. Historiadores debatem até hoje sobre quando exatamente o texto foi escrito.
Apesar do documento antigo estar repleto de exageros, datas irrelevantes e referências geográficas errôneas, os pesquisadores afirmaram que Enéias foi capaz de usar pistas sutis, como a ortografia arcaica, para chegar a duas datas possíveis. O mais impressionante é que as duas possibilidades apresentadas pela máquina são debatidas pela comunidade científica há anos. Os resultados mostram que a IA pode ajudar significativamente os historiadores a decifrar enigmas do passado.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.