Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (3) ao site ContilNet, o governador do Acre, Gladson Cameli, comentou a mobilização de sindicatos das áreas de Educação, Saúde e Segurança que reivindicam reajustes salariais e revisões nos planos de carreira.
Na semana anterior, cerca de 30 entidades sindicais anunciaram a possibilidade de paralisações nos próximos dias. Segundo Cameli, ele já iniciou diálogo com algumas dessas categorias, mas explicou que, para atender às demandas, é necessário observar os limites legais impostos. Ele declarou: “Primeiramente, eu sentei com algumas categorias. Ainda estou pagando o aumento que prometi. Eu preciso fechar o primeiro semestre pra ver como vai reagir a economia. Tem uma lei de responsabilidade fiscal. O governo está dialogando com todos porque eu sou um governador que defende o servidor público e o sucesso de um governo depende de valorizar quem está na ponta”.

O governador citou ainda a situação do PCCR da Saúde, que está em discussão na Aleac e na Casa Civil/ Foto: ContilNet
O chefe do Executivo também ressaltou a importância de equilíbrio nas decisões. “Só que tem uma conta a pagar. 1 + 1 é dois. Vamos sentar com todas as categorias, mas eu não vou dar com a mão e tirar com a outra. É isso que estamos fazendo, dialogando com todas as categorias pra que a gente ache uma solução, mas não vou dar com uma mão e tirar com a outra”, acrescentou.
Em relação ao Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Saúde, que atualmente está sob análise da Assembleia Legislativa e da Casa Civil, Cameli reforçou a necessidade de responsabilidade fiscal ao assumir compromissos com impacto financeiro. “Sobre o PCCR, a Saúde tem direito, como a Educação tem e todas as outras áreas, mas eu preciso da origem, saber de onde eu vou tirar para poder pagar os servidores. A partir do momento que faço alguma coisa com irresponsabilidade, eu coloco em risco mais de 60 mil servidores públicos que precisam receber em dia”, pontuou.
Cameli finalizou afirmando que uma definição sobre os pedidos das categorias só será possível após a conclusão do semestre fiscal. “Temos que fechar o primeiro semestre para que a gente tenha um novo posicionamento, para honrar nosso compromisso. O que eu não posso é levar o projeto à Assembleia Legislativa do Acre e ser impedido pela LRF. Lei é pra ser respeitada”, concluiu.