A capital acreana, Rio Branco, está classificada como a segunda cidade mais poluída do Brasil, nesta sexta-feira (25), de acordo com o monitoramento em tempo real da plataforma suíça IQAir, que mede a qualidade do ar em diversos países.
O índice de partículas finas (PM2,5) atingiu 13,1 microgramas por metro cúbico (µg/m³), valor 2,6 vezes acima do limite anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de ser classificado como “moderado”, o nível já representa riscos à saúde da população, especialmente em grupos mais sensíveis.
A capital também tem enfrentado níveis extremos de temperatura/ Foto: ContilNet
A situação é agravada pelas condições meteorológicas extremas registradas nesta semana. Segundo o pesquisador Davi Friale, Rio Branco teve a maior temperatura do ano até o momento, com 36,1°C, e a menor umidade relativa do ar de 2025, com apenas 20%, na última quinta-feira (24), colocando a capital em estado de alerta para a saúde humana. O índice é considerado o limite inferior da faixa crítica e eleva o risco de doenças respiratórias, desidratação e agravamento de alergias.
O cenário reflete a falta de chuvas, que já dura quase 40 dias. De acordo com a Defesa Civil Municipal, a última chuva significativa na cidade ocorreu em 17 de junho, e desde então o tempo seco predomina. Como consequência, o nível do Rio Acre caiu para apenas 1,58 metros, um dos mais baixos do ano e o terceiro menor nível para o mês de julho nos últimos dez anos, segundo dados do órgão.
Apesar do clima severo, o estado apresentou uma redução expressiva nos focos de queimadas. Dados do programa TerraBrasilis, do Inpe, mostram que, entre 1º e 20 de julho, o Acre registrou 111 focos de incêndio, contra 306 no mesmo período de 2024, uma queda de 63,7%.
			        
			        
								