Em mais um ataque ao presidente Trump, o empresário afirmou que os Estados Unidos precisam de uma alternativa política que escute o povo

Homem está de volta ao cenário empresarial (Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock)

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Após saída conturbada do governo dos Estados Unidos, Elon Musk voltou a atacar o presidente Donald Trump. Mas, dessa vez, o empresário foi ainda mais longe e sugeriu a criação de um novo partido político que “se importe com o povo”.

O bilionário foi um dos principais apoiadores do republicano e chegou a chefiar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). No entanto, o relacionamento azedou, principalmente, em função do projeto orçamentário da Casa Branca.

Casa Branca
O sistema bipartidário dos EUA pode estar ameaçado (Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock)

Bilionário sugeriu criação do Partido América

  • Em postagem no X (antigo Twitter), Musk voltou a atacar o projeto de lei batizado de “One Big Beautiful Bill Act”.
  • Esta proposta é considerada uma das principais da atual administração norte-americana e busca cortar impostos e aumentar gastos em áreas como a de defesa. 
  • Para o empresário, no entanto, o objetivo deveria ser reduzir os gastos públicos.
  • Nas redes sociais, ele afirmou que, se o projeto foi aprovado, “o Partido América será formado no dia seguinte”.
  • Ainda destacou que o país “precisa de uma alternativa ao partido único Democrata-Republicano para que o povo realmente tenha voz”.
  • Mas não fez qualquer menção a uma eventual candidatura ou volta dele ao mundo político.
  • Em resposta, Trump disse que o ex-aliado está decepcionado porque a proposta não beneficia os carros elétricos da Tesla.

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If this insane spending bill passes, the America Party will be formed the next day.

Our country needs an alternative to the Democrat-Republican uniparty so that the people actually have a VOICE.

— Elon Musk (@elonmusk) June 30, 2025

Musk e Trump trocaram farpas

Alguns dias após a saída de Musk da Casa Branca, o empresário e Donald Trump trocaram acusações nas redes sociais. Um dos alvos de críticas do sul-africano foi um projeto de lei proposto pelo republicano e aprovado pela Câmara dos Deputados dos EUA. O texto prevê cortes de impostos, especialmente para os mais ricos, e uma ampliação considerável dos gastos públicos, o que deve elevar o déficit público dos Estados Unidos em US$ 2,4 trilhões em uma década.

O bilionário entende que a medida é eleitoreira e que não leva em conta todo o seu trabalho para reduzir os gastos do governo. Trump reagiu afirmando que Musk “havia ficado louco” e ameaçou cortar os subsídios e contratos governamentais para as empresas do sul-africano.

Ao fundo, fotos de ELon Musk (direita) e Donald Trump (esquerda); à frente, parte da bandeira dos EUA tremulando na tela de um smartphone
Musk foi um dos maiores apoiadores de Trump durante a campanha eleitoral (Imagem: bella1105/Shutterstock)

A resposta de Elon Musk foi ainda mais intensa, com uma série de publicações no X, afirmando que Trump só foi eleito por sua causa e defendeu o impeachment do presidente dos EUA. Ainda acusou o republicano de envolvimento no escândalo sexual ligado a Jeffrey Epstein, mas apagou a postagem logo depois.

Alguns dias depois, os dois disseram ter ido longe demais e acenaram uma trégua. No entanto, a relação nunca mais foi a mesma e as novas acusações mostram que talvez eles fiquem definitivamente em lados opostos do espectro político no futuro.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.