Os robôs atuam afastando outros animais e deixando as pistas limpas, garantindo a segurança dos pilotos e outros militares

Imagem: reprodução/Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Engenheiros do Exército dos EUA

Tudo sobre Estados Unidos

Muitas vezes nos inspiramos na natureza para resolver problemas do mundo moderno. Manter os aeródromos militares livres de animais selvagens é um deles. Mas a escolha do exército dos Estados Unidos para lidar com esta questão foi, no mínimo, curiosa.

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Engenheiros do Exército dos EUA (ERDC) desenvolveu um predador cibernético. Estes ‘coiotes robôs‘ atuam para deixar as pistas limpas, garantindo a segurança dos pilotos e de outros militares que trabalham nestes espaços.

Robôs são inspirados em coiotes (Imagem: ACDigitalMedia/Shutterstock)

Presença de animais em aeródromos oferece riscos

  • Um problema constante para os aeródromos é a presença de pássaros e outros animais selvagens.
  • Eles representam uma séria ameaça às aeronaves e às operações de campo.
  • As aves, por exemplo, podem provocar danos em motores ou outras estruturas dos aviões.
  • Já coelhos e veados podem andar pelas pistas ou danificar equipamentos cavando e até fazendo ninhos em alguns locais.
  • Para evitar estas situações, os operadores de aeródromos usam várias medidas, incluindo drones, luzes, canhões e até mesmo outros animais, como falcões e cães.
  • Mas, desta vez, a tecnologia foi além.

Leia mais

Animais podem causar problemas na operação de aviões militares (Imagem: Reprodução/Airforce Technology)

Robôs podem identificar potenciais problemas

Pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Engenheiros do Exército dos EUA decidiram criar robôs inspirados em coiotes. A escolha se deve pelo fato destes animais serem predadores temidos. Em outras palavras, coelhos e veados preferem não se aproximar por medo de virarem comida.

Após cinco anos de trabalho, os Coyote Rovers, como são oficialmente chamados, foram testados em vários aeródromos militares, incluindo a Estação Aérea Naval de Pensacola, na Flórida. Os dispositivos são uma espécie de carro motorizado de quatro rodas capazes de atingir velocidades de 32 km/h.

Exército dos EUA apostou na tecnologia para resolver problema (Imagem: dangutsu/iStock)

A aparência de coiotes se dá pela adição de bonecos plásticos representando estes animais. As máquinas podem seguir rotas programadas e estabelecer zonas de exclusão. Além disso, são adaptados para terrenos acidentados e podem identificar espécies causadoras de potenciais problemas para as operações militares. As informações são do portal New Atlas.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.