Depois de um ano desafiador em 2024, marcado por altos índices de queimadas e qualidade do ar comprometida, o estado do Acre apresentou um cenário muito mais positivo em junho de 2025. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que foram identificados apenas 21 focos de incêndio no mês, representando uma diminuição de 79,21% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o número chegou a 101.

Em 2024 o estado acreano enfrentou uma forte crise ambienta,/ Foto: ContilNet
O contraste com os registros do ano passado é expressivo. Em 2024, o estado enfrentou uma das mais severas crises ambientais de sua história recente, impulsionada por uma estiagem prolongada. Somente em setembro daquele ano foram contabilizados 3.855 focos ativos — quase o dobro de agosto, que somou aproximadamente 1,9 mil ocorrências.
A tendência de queda se reflete também no acumulado do primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, o Acre registrou 70 focos de queimadas. Os municípios com maior concentração foram Rodrigues Alves (17), Cruzeiro do Sul (15) e Tarauacá (9). Em contrapartida, diversas cidades tiveram ocorrências mínimas, com apenas um foco registrado cada: Assis Brasil, Bujari, Feijó, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira e Xapuri.
No mesmo intervalo em 2024, o total já alcançava 127 focos. Naquela época, Cruzeiro do Sul aparecia com 16 registros, seguido por Feijó (15) e Tarauacá (14), refletindo uma distribuição semelhante, mas com números mais altos.
Considerando o ano completo de 2024, o Acre finalizou com 8.433 focos de queimadas, o que representou um crescimento de mais de 32% em comparação com 2023, quando o estado havia registrado 6.388 ocorrências.
