Um novo tipo de golpe tem se tornado recorrente no Acre, despertando preocupação por parte da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre (OAB-AC). Estelionatários estão se passando por advogados, utilizando nomes verdadeiros e dados de escritórios para enganar vítimas — principalmente aquelas que aguardam decisões judiciais ou pagamentos de indenizações.
Diante da expansão rápida desse esquema, a OAB deu início a uma campanha de conscientização, com o objetivo de informar e proteger os cidadãos contra esse tipo de fraude.
Com discursos bem elaborados e tom de urgência, convencem as pessoas a realizar depósitos bancários com a falsa justificativa de liberar indenizações / Foto: Ilustrativa
A atuação dos golpistas é bem articulada: por telefone ou aplicativos de mensagens, eles entram em contato com as vítimas usando argumentos persuasivos e urgentes. Com esse discurso, convencem as pessoas a realizarem transferências bancárias, alegando que o dinheiro seria necessário para liberação de valores judiciais ou para resolver pendências fictícias.
Um episódio recente ilustra bem a gravidade da situação. O nome do advogado Gilson Pescador foi usado sem autorização por criminosos. Uma vítima relatou que recebeu uma ligação pedindo um depósito sob o pretexto de que sua indenização seria liberada. Na verdade, tratava-se de uma farsa.
“O bandido ligou para ela dizendo que precisava de um depósito para liberar uma indenização. Ela depositou achando que era verdade, mas era um criminoso usando o nome do advogado, com conta e tudo mais. Por isso é importante alertar sobre esse tipo de golpe”, contou uma fonte próxima à vítima.
Em resposta, a OAB-AC reforçou que o sistema de Justiça não realiza qualquer tipo de cobrança para liberar valores de indenizações ou processos. Toda solicitação financeira feita por mensagens ou ligações deve ser verificada com o profissional que acompanha o caso ou diretamente com o escritório responsável.
Entre as recomendações da entidade para evitar cair nesses golpes estão:
Desconfiar de qualquer pedido de depósito feito por telefone ou mensagem;
Entrar em contato com o advogado ou escritório antes de realizar qualquer pagamento;
Guardar todas as evidências da tentativa de golpe (prints, áudios, contatos e dados bancários);
Notificar imediatamente a polícia e a OAB.