Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (3) ao portal ContilNet, Mailza Assis, atual vice-governadora do Acre, manifestou entusiasmo e senso de responsabilidade após declarações do governador Gladson Cameli indicando que ela assumirá oficialmente o cargo de governadora em abril de 2026. A afirmação de Cameli, feita ao colunista Luís Carlos Moreira Jorge, antecipa sua saída do cargo para disputar uma vaga no Senado Federal, deixando a administração estadual sob comando de Mailza, que também será sua indicada para concorrer ao governo na eleição seguinte.
Mailza ao lado do governador Gladson Camelí/Foto: Reprodução
De acordo com o colunista, o chefe do Executivo minimizou as movimentações políticas de Nicolau Júnior, presidente da Assembleia Legislativa, afirmando que suas ações estão voltadas apenas à reeleição parlamentar. Ao comentar a indicação, Mailza expressou confiança e ressaltou que sempre teve o apoio do governador para uma eventual candidatura ao Palácio Rio Branco.
“Estou sendo declarada a substituir um governador popular, bem aceito e bem avaliado pela população acreana por seu compromisso com a democracia, por não perseguir ninguém e por trabalhar em busca da geração de emprego, renda e melhoria de vida da população. Substituir um governador assim, embora eu tenha consciência de que também fiz parte disso, não é pouca coisa”, avaliou.
Sobre a transição, prevista para abril do próximo ano, Mailza destacou estar preparada para exercer plenamente o papel de governadora por um período de 360 dias e, caso decida disputar novo mandato, poderá concorrer à reeleição sem a necessidade de renunciar ao posto. Ela relembrou que sua experiência como senadora, quando ocupou a vaga deixada por Gladson Cameli em 2018, serviu como um verdadeiro aprendizado sobre a gestão pública.
Vice-governadora Mailza Assis/Foto: ContilNet
“Nesses quatro anos que convivi no Senado, aprendi muito. Além disso, ser vice do Gladson, vendo sua forma de agir, seu humanismo e compromisso com a coisa pública, também me ensinaram muito”, acrescentou.
Mailza reforçou que a essência do atual governo será mantida, ainda que com um estilo de liderança próprio. “A diferença será talvez só no estilo, porque somos pessoas diferentes. Mas o governo dele, o nosso Governo, que preza pela busca de melhoria de vida da população, com o compromisso de não perseguir ninguém, nem mesmo os adversários mais ferrenhos, isso eu vou procurar seguir, realizando as obras e buscando um rumo em que nossa economia, os nossos mercados sejam forças motrizes para o desenvolvimento e geração de renda, sem esquecer, é claro, da atividade básica da administração: o cuidado com a Saúde, com a Educação e a Segurança Pública”.
A futura governadora acredita que sua trajetória política em Brasília será uma vantagem para atrair investimentos e fortalecer o Acre no cenário nacional. “No Senado, construí muito boas relações, no Legislativo como também em órgãos estratégicos do Governo. Para quem governa ou vai governar um Estado como o Acre, essas relações serão de grande ajuda na captação de recursos e aplicações de projetos de interesse da nossa gente”, avaliou.
Pensando já na eleição de 2026, Mailza evitou apontar possíveis adversários, mas se disse preparada para o cenário político que vier. “A defesa de um projeto que vem dando certo, como é o nosso, é mais importante do que se saber quem vamos ter como adversário. Quando temos consciência de que estamos no caminho correto e temos Deus no coração, venha quem vier, e de onde vier, que estaremos prontas para enfrentar todos os desafios”, acrescentou.
Mailza também elogiou a perspectiva da liderança de Gladson Cameli no novo partido União Progressista, fruto da fusão entre o PP e o União Brasil. O partido contará, no Acre, com ampla representação política.
“Somos muito fortes e precisamos manter essa união para sermos mais fortes ainda. E, sob a liderança do Gladson Camelí, que nos trouxe até aqui, seremos ainda mais fortalecidos. Eu estou feliz em saber que serei candidata ao Governo tendo o governador Gladson Cameli como meu conselheiro, meu auxiliar e – não um cabo eleitoral, mas como um comandante de campanha”, afirmou.
