No início da tarde desta terça-feira (3), uma residência localizada na quadra 20 da Rua Iracema Nair Fiorin Labs, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco, foi alvo de um incêndio criminoso. Conforme apurado pela polícia, o imóvel servia como base para dois indivíduos suspeitos de terem assassinado, horas antes, Antônio Marcelino da Silva Conceição, de 31 anos, conhecido como “Negão”. Ele era integrante da facção Bonde dos 13 e estava monitorado por tornozeleira eletrônica. O crime aconteceu na Rua Pastor José Rodrigues Muniz, também na Cidade do Povo. A esposa da vítima, uma adolescente de 14 anos, não sofreu ferimentos.
Quartel-general do crime organizado é incendiado na Cidade do Povo/Foto: ContilNet
A casa incendiada havia sido desocupada recentemente por uma família ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria sido expulsa da área. A polícia suspeita que o Bonde dos 13, ao descobrir a presença dos rivais, tenha decidido atear fogo na residência. Moradores das proximidades perceberam o incêndio e acionaram o Corpo de Bombeiros, que enviou uma equipe do Segundo Batalhão para controlar as chamas e garantir a segurança do local. Durante o atendimento, os bombeiros encontraram uma garrafa plástica contendo resquícios de combustível, provavelmente gasolina, usada para iniciar o fogo.
De acordo com as investigações, houve uma mudança recente no domínio territorial da Cidade do Povo. O Bonde dos 13 tomou o controle da área que antes era comandada pelo PCC, em uma disputa que teria se intensificado no último fim de semana. A polícia acredita que os criminosos utilizavam o imóvel incendiado como ponto de apoio para organizar ações futuras.
Com a destruição da base, a expectativa é de que novos ataques sejam impedidos, embora a tensão entre as facções continue alta na região. Atualmente, o PCC mantém influência restrita à quadra 21, enquanto o Bonde dos 13 controla o restante do conjunto.
A Polícia Civil segue investigando o caso.