A estrada que liga o estado do Acre ao Peru, passando pela região peruana de Madre de Dios, passará por melhorias significativas graças a um aporte de US$ 20,5 milhões. A intervenção busca otimizar a circulação entre os dois países, beneficiando especialmente o Acre, que depende dessa via para seu acesso estratégico ao Oceano Pacífico.
Interoceânica leva o Brasil ao Pacífico/Foto: Reprodução
A empresa Concesionaria Interoceánica Sur Tramo 3, responsável pela concessão da rodovia no lado peruano, elaborou um plano técnico com as melhorias previstas e o submeteu à avaliação do Senace — o órgão responsável pela certificação ambiental no Peru. A aprovação desse projeto está em andamento e deve ocorrer dentro de um período de três a quatro meses.
Entre as intervenções propostas, está a recuperação de aproximadamente 100 quilômetros da rodovia, no trecho entre a ponte Inambari e a localidade de Unión Progreso, rota que leva até Iñapari, cidade peruana situada na fronteira com o município brasileiro de Assis Brasil, no Acre. Esse ponto marca o fim do Trecho 3 da Rodovia Interoceânica.
Concessionária peruana decide investir US$ 20 milhões em estrada que liga o Acre ao Pacífico /Foto: Reprodução
Um dos elementos-chave do plano é a criação de um espaço destinado ao armazenamento de materiais excedentes, com quase 10 mil metros quadrados. Embora sua construção leve apenas 30 dias, o local será utilizado por cerca de 22 meses, acompanhando o cronograma das obras e podendo ser usado em situações de emergência. A proposta foi desenvolvida pela consultoria peruana Grupo Átomo.
Além da parte estrutural, estão previstos investimentos de cerca de US$ 346 mil em ações voltadas para a gestão ambiental, reforçando o compromisso com a preservação dos ecossistemas amazônicos impactados pela estrada.
As informações foram divulgadas pela plataforma BN Americanas, especializada em monitorar investimentos em infraestrutura na América Latina. A modernização da rodovia representa um passo estratégico para o Acre, ao consolidar sua conexão com o mercado andino e ampliar as possibilidades comerciais e logísticas da região.
