Morre Claudete Joubert, musa da pornochanchada e do cinema pancadaria

A atriz Claudete Joubert, conhecida pelo trabalho em produções populares do cinema Boca do Lixo, tradicional polo cinematográfico paulistano, morreu aos 73 anos. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo diretor Pedro Lacerda, que revelou detalhes dos últimos dias da artista.

Claudete faleceu em maio, vítima de uma pneumonia. Ela havia contraído uma gripe e passou cerca de 15 dias internada em um hospital da capital paulista. Segundo Lacerda, a atriz enfrentava um quadro de depressão profunda, que acabou comprometendo seriamente sua saúde. Sem se alimentar e passando por dificuldades financeiras, seu estado clínico se agravou rapidamente.

Morte discreta

O diretor contou que soube da morte da colega após ser procurado por um distribuidor de filmes que buscava contato com Claudete. Ao tentar falar com a filha da atriz, recebeu a notícia do falecimento. “Fiquei chocado e muito triste quando soube que ela havia falecido”, disse.

O cineasta lamentou o fato de a morte ter passado despercebida e fez questão de ressaltar sua importância: “Claudete foi uma grande atriz em sua época, especialmente nas décadas de 1970 e 1980”, afirmou.

Lacerda também denunciou o abandono que Claudete teria sofrido por parte dos dois ex-maridos, os cineastas Tony Vieira e Affonso Brazza. “Eles a deixaram sem dinheiro, só com dívidas. Ela morreu amargurada pelo esquecimento dos amigos e das pessoas. Sobrou apenas uma pensão de soldado dos bombeiros, que o Affonso Brazza deixou para ela”, relatou.

Legado no cinema

Nascida Creodete de Carvalho Moreira, Claudete Joubert foi atriz, produtora e modelo. Tornou-se um dos rostos mais conhecidos da pornochanchada e do cinema pancadaria, deixando um legado marcante no audiovisual brasileiro.

Seu último trabalho nas telonas foi o filme Fuga sem Destino, lançado em 2007, que também contou com Selton Mello e José Wilker no elenco.