Os nove indivíduos que escaparam do Complexo Penitenciário de Rio Branco são classificados como altamente perigosos pelas autoridades e possuem extenso histórico criminal. Entre os delitos associados a eles estão tráfico de entorpecentes, homicídios, roubos e vínculos com facções criminosas atuantes na região.
Um dos mais notórios entre os foragidos é Arthur Carvalho Gomes, sentenciado a 69 anos de reclusão. Ele esteve envolvido na invasão violenta ao Conjunto Habitacional Cidade do Povo, ocorrida em abril de 2021 — ação marcada por roubo de veículos, sete pessoas baleadas e a execução de um motoboy.

Francisco Guimarães Santana, apelidado de “Batore”, também figura na lista. Ele cumpre pena de 18 anos e 9 meses pelo homicídio de Antônio Irismar da Silva, ocorrido em dezembro de 2022, no bairro Seis de Agosto.
Outro fugitivo é Geovane Costa Almeida, que já havia sido detido anteriormente na Bolívia por porte ilegal de arma. Após cumprir pena no país vizinho, foi deportado ao Brasil em outubro de 2023.
No grupo há ainda criminosos com atuação direta em facções. Um deles é Johnatan Silva Magalhães, preso em fevereiro de 2023 durante uma operação conduzida pela DCORE. As investigações apontam que ele exercia uma função de liderança em uma organização criminosa no estado.
Isaquiel Martins de Souza, também entre os foragidos, responde judicialmente por envolvimento com grupo criminoso, embora ainda não tenha sido julgado.
Carlos Vitor de Castro Cardoso e Davi Castro de Souza são apontados como integrantes do tráfico e com funções de comando dentro de facções. Davi, inclusive, foi capturado em maio de 2023, suspeito de preparar ataques contra adversários na Cidade do Povo.
Natanael do Nascimento Salgueiro foi condenado por roubo a mais de 10 anos de prisão. O crime ocorreu em agosto de 2022, quando ele e outros comparsas atacaram funcionários de uma empresa durante uma entrega de produtos.
Fechando a lista está Ozeias Paulo Germana Ferreira, que acumula diversas condenações. Entre elas, uma pena superior a 11 anos por invadir as residências de um empresário e de uma subtenente da Polícia Militar. Em 2024, ele recebeu nova sentença de 16 anos por sua participação em uma quadrilha especializada no roubo de caminhonetes, que posteriormente eram levadas para a Bolívia. Segundo as investigações, Ozeias integrava o grupo conhecido como “quadrilha do Mantém”.
As forças de segurança continuam mobilizadas na tentativa de localizar os fugitivos, considerados de altíssimo risco.