Julho deve ser o mês mais frio e seco no Acre, segundo Davi Friale

No início de julho de 2025, uma frente fria de grande intensidade deve atingir o estado, especialmente a capital, Rio Branco, e o Vale do Rio Acre, trazendo uma acentuada queda nas temperaturas

Julho é tradicionalmente o mês mais frio e seco no estado do Acre, apresentando padrões climáticos distintos que marcam o auge do chamado inverno amazônico. É nesse período que os termômetros costumam registrar suas menores marcas do ano, enquanto o céu limpo e a ausência de chuvas revelam o domínio da estação seca na região norte do Brasil.

Para julho de 2025, a previsão do tempo indica que o mês deve começar com uma forte onda de frio polar / Foto: Reprodução

No início de julho de 2025, uma frente fria de grande intensidade deve atingir o estado, especialmente a capital, Rio Branco, e o Vale do Rio Acre, trazendo uma acentuada queda nas temperaturas. Essa previsão foi destacada pelo meteorologista Davi Friale, por meio de seu site especializado. A tendência climática para o mês indica que as temperaturas ficarão um pouco abaixo do que é habitual para o período, com a chuva dentro dos limites esperados — podendo variar até 20% para cima ou para baixo.

Mesmo sendo um mês de estiagem, há registros de chuvas expressivas em anos anteriores. Em 1980, por exemplo, Rio Branco registrou 70,2 mm de chuva em apenas um dia de julho, enquanto Cruzeiro do Sul anotou um pico de 94,4 mm em 1972.

No que diz respeito ao frio, o histórico também mostra marcas notáveis: em 1975, Rio Branco registrou 6,0 °C, e Tarauacá, 8,0 °C — as temperaturas mais baixas já observadas em julho nesses municípios. Além disso, este é o período em que ocorre o afélio, momento em que a Terra se encontra no ponto mais distante do Sol, fenômeno que costuma ocorrer na primeira semana do mês e colabora, ainda que indiretamente, para o resfriamento da atmosfera terrestre.

Julho também representa o pico da seca no Acre. A média de precipitação em Rio Branco gira em torno de 28,2 mm, com apenas alguns dias de chuva mais significativa. Em Cruzeiro do Sul, a média mensal é de 59,1 mm, e em Tarauacá, 47,7 mm. Essa redução se acentua quando comparada a junho, especialmente nas regiões leste e sul do estado, como Epitaciolândia e a própria capital.

Ao longo do mês, o predomínio será de dias ensolarados e com baixos índices de umidade relativa do ar, o que pode influenciar diretamente na saúde da população, nas atividades agrícolas e no cotidiano das cidades acreanas. Esse cenário de noites frias, dias secos e céu limpo caracteriza de forma marcante o inverno amazônico.