“Foi feita justiça”, diz Samir após exonerações de aliados serem revogadas por Bocalom

O articulador institucional da Prefeitura, Jhonatan Santiago, falou sobre o ocorrido e disse que a situação foi discutida e revisada pelo prefeito Tião Bocalom

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), revogou, nesta quarta-feira (4), as exonerações realizadas pelo vice-prefeito Alysson Bestene (PP) durante seu período como gestor interino da capital acreana. A decisão foi oficializada por meio do Decreto nº 2.064, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), e devolve os cargos a servidores comissionados ligados ao vereador Samir Bestene (Progressistas).

As exonerações haviam sido assinadas na última segunda-feira (2) e atingiram, principalmente, funcionários lotados em secretarias estratégicas, como a de Educação (Seme) e a de Cuidados com a Cidade (SMCCI).

Samir Bestene e Bocalom/Foto: Reprodução

A medida gerou reação no âmbito político. O líder do Progressistas na Câmara Municipal, vereador José Aiache, manifestou apoio a Samir Bestene.

“Nossa solidariedade ao vereador Samir. Para nós, qualquer ato contra um vereador do PP é um ato contra todo o partido. Estamos buscando o diálogo com a Prefeitura, mas deixamos claro que não aceitamos retaliações”, afirmou.

Durante a sessão da Câmara, nesta quarta-feira, Samir Bestene também se pronunciou:

“Quando acontece um fato como esse, não está prejudicando o vereador Samir Bestene. Está prejudicando cinco pais de família que foram para a rua. A medida foi preocupante. E hoje já saiu a revogação. Foi feita justiça a essas pessoas. Fica aqui o meu agradecimento ao partido Progressistas”, declarou.

O articulador institucional da Prefeitura, Jhonatan Santiago, falou sobre o ocorrido e disse que a situação foi discutida e revisada pelo prefeito Tião Bocalom junto de sua equipe:

“Foi revisto com o retorno do prefeito. Tivemos uma conversa ontem sobre isso e vida que segue”, disse.

Sobre uma possível tentativa de causar desgaste interno na família Bestene, Santiago explicou que isso não ocorreu e que, na realidade, o episódio faz parte das atribuições do prefeito em exercício:

“Esse é o ônus. O cargo tem o ônus e o bônus. Quando se assume a prefeitura, é preciso estar a par dessas situações. Ele já fez várias nomeações e exonerações — isso faz parte do cargo”, concluiu.