Crime premeditado? Família nega alegação de abuso e defende memória de vítima

A irmã também revelou que os atritos entre Camila e Ramón remontavam à infância e que essa não foi a primeira tentativa de agressão por parte de Camila

Após o chocante caso do assassinato de Ramón Arruda Braz, de 41 anos — morto com dezenas de facadas — ganhar novos contornos com a versão apresentada por sua irmã e autora confessa do crime, Camila Arruda Braz, outra integrante da família veio a público para rebater as alegações.

Em contato com o portal ContilNet nesta terça-feira (3), Myrla Sara, irmã mais nova de Camila e Ramón, refutou com veemência a justificativa dada por Camila, que teria alegado agir em defesa da filha após suspeitar de um possível abuso. Myrla afirmou que essa narrativa é totalmente falsa e prejudica a memória do irmão, que, segundo ela, sempre foi um homem íntegro, carinhoso e respeitado por todos que o conheciam.

Familiar desmente versão de mulher que matou o irmão. Foto: Reprodução

De acordo com o relato de Myrla, a criança mencionada era extremamente protegida pela mãe, que tinha hábitos controladores e não permitia qualquer aproximação de outras pessoas, motivada por um comportamento paranoico. A irmã também revelou que os atritos entre Camila e Ramón remontavam à infância e que essa não foi a primeira tentativa de agressão por parte de Camila — em uma ocasião anterior, ela já teria tentado agredir o irmão com um martelo.

Myrla ainda destacou que, nos dias que antecederam o assassinato, Camila estava sem usar a medicação prescrita para tratar seus transtornos psiquiátricos. Apesar disso, ela acredita que o crime foi meticulosamente planejado.

Sobre o momento do crime, a versão contada por Myrla — com base em informações do advogado e de uma vizinha que teria presenciado parte da situação — é a de que Ramón estava tranquilamente assistindo televisão no quarto da mãe quando foi chamado por Camila com o pretexto de ajudar a consertar um ventilador. Ao se abaixar para atender ao pedido, ele foi surpreendido com o primeiro golpe de faca.

“O quarto dela ficou completamente ensanguentado. Meu irmão ainda tentou fugir, mas caiu no quarto da nossa mãe. Foi lá que ela finalizou o ataque com dezenas de facadas. Depois disso, Camila colocou a faca entre o próprio peito, pegou a filha e saiu da casa dizendo que havia sido agredida”, relatou Myrla.

Ela reitera que não houve nenhuma discussão ou briga antes da ação e afirma com convicção que tudo foi premeditado. “Ela usa a doença como desculpa para justificar atos cruéis. Tudo foi friamente calculado”, reforçou.

Myrla finalizou o desabafo pedindo respeito à memória do irmão, ressaltando que ele sempre foi um homem exemplar, querido pela família e pelos amigos. A filha de Camila ficará sob os cuidados da avó materna.