Ministro da educação, Camilo Santana, admitiu que IA poderá ser usada para corrigir as provas do Enem no futuro
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A inteligência artificial já é utilizada por diversos países no setor da educação. No Brasil, entretanto, o uso da ferramenta ainda é limitado, um cenário que deve mudar em breve, de acordo com o ministro da educação, Camilo Santana.
Em entrevista à Rádio Eldorado nesta semana, o responsável pela pasta afirmou que a IA poderá ser usada para corrigir as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no futuro. Apesar de não descartar a possibilidade, ele não citou nenhuma previsão de quando isso pode acontecer.

Ferramentas de IA podem ser usadas na educação
Atualmente, as 180 questões de múltipla escolha são já corrigidas usando uma tecnologia que lê o cartão resposta com o gabarito. As redações, no entanto, ainda são avaliadas por professores. As notas variam de zero a mil.
Segundo Camilo Santana, não há mais como deixar a inteligência artificial de lado. Ele destacou que a ferramenta poderá ser amplamente utilizada nos próximos anos. Isso pode indicar que até mesmo o processo de elaboração das provas use a tecnologia.
O ministro da educação ainda destacou que o MEC vai lançar neste ano um aplicativo que já usa IA para que os estudantes possam estudar para o Enem. A ferramenta será capaz de tirar dúvidas dos alunos, por exemplo. Além disso, a pasta tem discutido com o Conselho Nacional de Educação (CNE) novas diretrizes curriculares que incluam a inteligência artificial. O objetivo é que todos os estudantes tenham acesso à tecnologia.
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Provas acontecem em novembro
- As inscrições para o Enem terminam nesta sexta-feira (6).
- As provas serão realizadas nos dias 9 e 16 de novembro.
- Para quem não tem isenção, a inscrição custa R$ 85,00.
- Pela primeira vez, neste ano, alunos do 3º ano do ensino médio da rede pública estão automaticamente pré-inscritos.
- Nestes casos, é necessário apenas validar a inscrição no site do MEC.
- A prova também vai voltar a valer como certificação para quem ainda não concluiu o ensino médio.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.