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Cobertura vacinal infantil contra Covid-19 no Acre é considerada “péssima”

A taxa de vacinação contra a Covid-19 entre bebês com menos de 1 ano no Acre apresentou níveis extremamente baixos no início de 2025. De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, enviado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao site ContilNet, a cobertura nesse público é considerada “péssima”.

A imunização contra a Covid-19 já é autorizada pela Anvisa, conta com o respaldo de autoridades de saúde e está disponível para crianças no Sistema Único de Saúde (SUS): Foto/ Reprodução

Os números correspondem ao período entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano. Nesse intervalo, o município com o melhor desempenho foi Bujari — ainda assim, com somente 3,13% dos bebês imunizados.

Outras cidades apresentam uma realidade ainda mais alarmante. Assis Brasil, Epitaciolândia, Acrelândia, Capixaba, Jordão, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Porto Acre, Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá não registraram sequer uma aplicação da vacina em crianças menores de um ano.

No geral, a média estadual de cobertura vacinal para essa faixa etária é de apenas 1,06%. O índice revela uma adesão extremamente limitada em quase todo o território acreano.

A coordenadora estadual do PNI, Renata Quiles, comentou a situação e chamou atenção para a relação entre a baixa imunização infantil e o aumento de casos graves de doenças respiratórias entre crianças. “A adesão à vacinação nessa faixa etária é péssima em todo o Acre, e isso tem colaborado para o surto de SRAG”, afirmou.

A recomendação para vacinar crianças — assim como outros grupos — tem respaldo em estudos científicos tanto no Brasil quanto no exterior. Esses estudos demonstram que os pequenos, logo após os idosos, estão entre os mais vulneráveis a desenvolver quadros graves da doença e sofrer com suas consequências.

A imunização contra a Covid-19 já é autorizada pela Anvisa, conta com o respaldo de autoridades de saúde e está disponível para crianças no Sistema Único de Saúde (SUS) desde janeiro de 2022.

Além disso, a partir de 2024, o Ministério da Saúde incluiu essa vacina no Calendário Nacional de Vacinação, destinada a crianças de 6 meses até menores de 5 anos.

Situação de Emergência em Saúde
Com a escalada de casos graves de infecções respiratórias e o esgotamento dos leitos de UTI pediátrica, o governo acreano declarou situação de emergência em saúde pública no último dia 10 de junho.

A medida busca acelerar respostas administrativas e médicas frente à pressão crescente sobre o sistema hospitalar, especialmente na rede infantil — uma estratégia que vem sendo adotada também em outros estados brasileiros.

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