O advogado Keldheky Maia da Silva, que aparece em imagens efetuando disparo de arma de fogo durante a confusão que antecedeu o atropelamento e morte da advogada Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, no último sábado (21), pode ser indiciado por tentativa de homicídio, segundo informou a Polícia Civil do Acre.
De acordo com o delegado Pedro Buzolin, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), o auto de prisão em flagrante foi inicialmente lavrado apenas por porte ilegal de arma de fogo, uma vez que no momento em que o advogado foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla), os investigadores ainda não tinham acesso às imagens que mostram os disparos durante a briga.
A polícia também apura se o advogado possuía ou não posse legal da arma utilizada/ Foto: Reprodução
“O delegado que lavrou o alto de prisão em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo o fez com base nas informações que lhe foram apresentadas. E até então indicava-se ali um porte ilegal de arma de fogo, mas pode sim evoluir aí por um homicídio na forma tentada, um homicídio branco, vez que ninguém foi alvejado naquele local”, afirmou o delegado Pedro Buzolin.
Além disso, a arma utilizada não foi localizada pela polícia no local do crime, e as circunstâncias do desaparecimento estão sendo apuradas.
Segundo o delegado Cristiano Bastos, também responsável pela investigação, a polícia trabalha na análise das imagens originais para esclarecer o que aconteceu com a arma.
“Ela não foi encontrada no local. Vamos ouvir testemunhas e também oportunizar que ele esclareça como essa arma desapareceu e se contou com ajuda de terceiros. Caso fique comprovado, quem ajudou também poderá responder por favorecimento pessoal”, explicou.
A polícia também apura se o advogado possuía ou não posse legal da arma utilizada. Até o momento, não há confirmação de que ele tenha registro. “Estamos levantando todas essas informações e, se ficar comprovada a irregularidade, ele também poderá ser indiciado por posse ilegal”, acrescentou Bastos.
O delegado Pedro Paulo Buzolin informou, ainda, que a Justiça autorizou o cumprimento de três mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.
