Acusado de matar a mãe em Rio Branco sofre de transtorno mental, diz perícia

O relatório elaborado por especialistas em saúde mental apontou que, no momento dos fatos, o acusado enfrentava um quadro de depressão recorrente

A Justiça concluiu e homologou o exame psiquiátrico solicitado pela defesa de Eduardo da Costa Azevedo, acusado de tirar a vida da própria mãe, Márcia Maria da Costa, em um episódio ocorrido em 2 de novembro de 2024, na capital acreana. O crime foi registrado após um desentendimento familiar, dentro da casa onde os dois viviam, situada na rua Álvaro Inácio, no conjunto Esperança. Eduardo foi preso em flagrante no mesmo dia e continua sob custódia.

O caso aconteceu em 2024 mas o julgamento sobre a pena do acusado segue ocorrendo/Foto: Reprodução

O relatório elaborado por especialistas em saúde mental apontou que, no momento dos fatos, o acusado enfrentava um quadro de depressão recorrente, o que teria afetado parcialmente sua capacidade de tomar decisões conscientes. Apesar de reconhecer a gravidade do ato cometido, o laudo indica que ele apresentava dificuldades no controle de impulsos, sendo, portanto, considerado semi-imputável.

A perícia também revelou sinais de risco moderado para comportamento suicida e potencial periculosidade, recomendando que o acusado seja submetido a tratamento em regime ambulatorial. Com base nessa análise, os peritos sugeriram a aplicação de medida de segurança com duração mínima de dois anos.

O homem matou a própria mãe durante um momento de raiva/Foto: Reprodução

O juiz Fábio Farias, responsável pela 1ª Vara do Tribunal do Júri em Rio Branco, acolheu o parecer técnico. A partir da homologação, Eduardo poderá ter a pena atenuada ou substituída por acompanhamento médico especializado, a depender do desfecho do julgamento. O processo, que estava temporariamente suspenso devido à realização do exame de sanidade mental, foi retomado e seguirá para a próxima etapa perante o Tribunal do Júri.