Caso de recém-nascida com lesões segue em apuração; equipe considera queimaduras

Desde sua chegada à capital mineira, na madrugada de quinta-feira (26), a bebê foi submetida a uma série de exames detalhados

A recém-nascida transferida do Acre para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, segue sob cuidados de uma equipe médica especializada que trabalha com a possibilidade de queimaduras como causa principal das lesões que acometem sua pele. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

Desde sua chegada à capital mineira, na madrugada de quinta-feira (26), a bebê foi submetida a uma série de exames detalhados. De acordo com o boletim emitido pelo Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), os profissionais envolvidos identificaram sinais clínicos que se assemelham a queimaduras. A avaliação contou com o envolvimento de cirurgiões plásticos, vasculares e especialistas em pediatria.

A Sesacre articulou com o governo de Minas Gerais a transferência da recém-nascida para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte/Foto: Reprodução

Apesar da hipótese de queimaduras ganhar força, outras possibilidades ainda são analisadas, incluindo doenças raras, como a epidermólise bolhosa. A equipe do hospital mineiro, que já acompanhou casos semelhantes, está conduzindo a investigação com o máximo de cautela. A instituição dispõe de uma ala dedicada a atendimentos pediátricos de alta complexidade.

“Estão, sim, considerando a hipótese de queimadura, diante das características da pele da neném. Seguimos monitorando para que os pais e a bebê continuem recebendo o melhor tratamento possível”, declarou Ana Cristina Moraes, secretária adjunta de Atenção à Saúde do Acre.

Antes de ser encaminhada para Minas Gerais, a criança foi atendida inicialmente na Maternidade de Cruzeiro do Sul e, depois, transferida para a Maternidade Bárbara Heliodora, na capital acreana. Lá, passou por acompanhamento de profissionais de diversas áreas e foi submetida a exames clínicos, laboratoriais e um painel genético, cujo resultado está previsto para os próximos 40 dias.

Para entender a origem das lesões, a Sesacre instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD). A servidora responsável pelo primeiro atendimento foi afastada de forma preventiva até que a apuração dos fatos seja concluída. O governo estadual afirmou que qualquer eventual falha será tratada de acordo com o que determina a legislação.

A transferência da bebê foi feita por aeronave equipada com suporte aeromédico. A família está recebendo acompanhamento psicológico oferecido pela rede de saúde do Acre, mesmo durante o período em que permanecerem em Minas Gerais.

O secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, já havia destacado a prioridade dada ao caso. Segundo ele, a pasta vem atuando com sensibilidade, buscando garantir não apenas os cuidados necessários à criança, mas também o acolhimento à família.

O Governo do Acre destacou ainda que a cooperação com o estado de Minas Gerais tem sido essencial para proporcionar atendimento especializado e humanizado à paciente. Conforme nota oficial, o compromisso é com a transparência, a proteção da vida e o respeito à dignidade da criança.

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